Rio de Janeiro, 10 de Abril de 2025

Escândalo do Viagra gera dúvida sobre indicação de Braga Netto

As disputas ganharam força depois que o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) revelou que as Forças Armadas compraram 35 mil unidades de Viagra. Apesar dos argumentos de que o medicamento seria utilizado para tratar casos de hipertensão pulmonar, as dosagens adquiridas são incomuns para esta finalidade, sendo utilizadas mesmo para disfunção erétil.

Quarta, 13 de Abril de 2022 às 11:19, por: CdB

As disputas ganharam força depois que o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) revelou que as Forças Armadas compraram 35 mil unidades de Viagra. Apesar dos argumentos de que o medicamento seria utilizado para tratar casos de hipertensão pulmonar, as dosagens adquiridas são incomuns para esta finalidade, sendo utilizadas mesmo para disfunção erétil.

Por Redação - de Brasília
O presidente Jair Bolsonaro (PL) tem sinalizado que o ex-ministro da Defesa e general Walter Braga Netto (PL) deve ser anunciado como candidato a vice-presidente em sua chapa para este ano. Na semana passada, chegou a dizer que há "90% de chances" de Braga Netto compor a aliança.
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Interventor federal na segurança pública do Rio de Janeiro, general Walter Braga Netto é uma opção de Bolsonaro para a chapa à reeleição
O cenário, no entanto, ficou diferente após a notícia da compra de comprimidos de Viagra para as Forças Armadas. De acordo com o jornalista José Casado, da revista semanal de ultradireita Veja, há ainda no governo uma série de disputas internas pelo posto. "Líderes dos partidos Progressistas (PP), Liberal (PL) e Republicanos (PR) tentam convencer Bolsonaro a escolher um civil, profissional da política e com capacidade de agregar segmentos do eleitorado muito além dos muros dos quartéis", diz o colunista. As disputas ganharam força depois que o deputado federal Elias Vaz (PSB-GO) revelou que as Forças Armadas compraram 35 mil unidades de Viagra. Apesar dos argumentos de que o medicamento seria utilizado para tratar casos de hipertensão pulmonar, as dosagens adquiridas são incomuns para esta finalidade, sendo utilizadas mesmo para disfunção erétil.

‘Campo minado’

A compra do remédio pelas Forças Armadas ocorreu durante a gestão de Braga Netto na Defesa. “A vulnerabilidade da candidatura do general aposentado à vice de Bolsonaro era celebrada por seus adversários no governo", escreveu Casado. "Braga Netto está em campo minado", acrescenta o colunista, porque opositores do general querem fazer uma devassa na trajetória do possível vice na chapa do presidente Bolsonaro. Nesta manhã, no entanto, Bolsonaro tentou defender a compra das Forças Armadas do remédio Viagra — Então as Forças Armadas compram o Viagra para combater a hipertensão arterial e também as doenças reumatológicas. Foram trinta e poucos mil comprimidos para o Exército, 10 mil para a Marinha e eu não peguei da Aeronáutica, mas fala-se em 50 mil comprimidos total. Com todo o respeito, isso é nada — disse Bolsonaro, em reunião com pastores evangélicos.
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