A ópera, baseada em uma peça de Nikolai Leskov, estreou em São Petersburgo em 1934 e foi originalmente planejada para ser a primeira de uma trilogia dedicada às mulheres russas.
Por Redação, com Reuters – de Milão
Uma das salas de concertos mais prestigiadas da Europa, La Scala abriu sua temporada de óperas com ‘Lady Macbeth of the Mtsensk District’, do compositor russo Dmitri Shostakovich, uma ópera que promove os direitos das mulheres em todo o mundo. A casa de ópera de Milão está encenando a obra em um tributo a Shostakovich, 50 anos após sua morte.

A ópera, baseada em uma peça de Nikolai Leskov, estreou em São Petersburgo em 1934 e foi originalmente planejada para ser a primeira de uma trilogia dedicada às mulheres russas.
— Abrir a temporada com essa ópera é (…) um tributo a um gigante do século XX e a uma ópera que sofreu por muitos anos — disse Riccardo Chailly, regente principal do teatro.
Identidade
Falando sobre os apelos para excluir os artistas russos dos palcos europeus, o diretor russo Vasily Barkhatov disse que as opiniões políticas pessoais e a identidade cultural devem ser mantidas separadas.
— Se você apoia abertamente o governo russo, deve estar ciente das possíveis consequências de sua escolha. É diferente, no entanto, se você for discriminado apenas por ser um artista russo — disse Barkhatov à agência inglesa de notícias Reuters.
A ópera conta a história de Katerina que, presa em um casamento infeliz, assassina o marido e o sogro com a ajuda de seu amante, mas acaba sendo descoberta e enviada para a Sibéria, onde comete suicídio.
— É uma história sobre a liberdade das mulheres e a felicidade humana — resume Barkhatov.
A ópera será apresentada até 30 de dezembro.