Granado disputou as três provas do último fim de semana do Mundial de Superbike de 2020, terminando-as em 15º, 18º e 16º lugar, respectivamente. Será a primeira vez, porém, que o paulista competirá desde o início da temporada do campeonato que reúne motocicletas de série, aquelas vendidas no mercado, que são adaptadas para competição.
Por Redação, com ABr - de São Paulo
Apesar de estar acostumado a competições simultâneas na motovelocidade, Eric Granado terá uma experiência inédita em 2023. O piloto de 26 anos terá pela frente dois campeonatos mundiais ao mesmo tempo: o de Superbike e o da MotoE. O primeiro começa em 24 de fevereiro, em Phillip Island (Austrália). Ele viajou à Europa no último sábado e dá início aos treinos nesta terça-feira, em Portimão (Portugal).
Granado disputou as três provas do último fim de semana do Mundial de Superbike de 2020, terminando-as em 15º, 18º e 16º lugar, respectivamente. Será a primeira vez, porém, que o paulista competirá desde o início da temporada do campeonato que reúne motocicletas de série, aquelas vendidas no mercado, que são adaptadas para competição. Na MotoE, porém, o piloto é “veterano”, presente desde a edição inicial, em 2019. Ele é o atual vice-campeão do certame de motos elétricas.
– Será um grande desafio, o maior da minha carreira, (correr) dois Mundiais no mesmo ano. Estou muito motivado. Venho de muitos anos trabalhando com a Honda [montadora à qual são vinculadas as equipes que defende nas duas categorias] para chegar ao Mundial de Superbike. E da mesma forma, [quero] tentar esse título inédito da MotoE, que está batendo na trave há alguns anos – comentou Granado, em entrevista à Agência Brasil, antes da ida à Europa.
– O Mundial de Superbike tem um nível alto, exigente, principalmente fisicamente, psicologicamente, (saber) descansar e se recuperar bem. São três corridas por fim de semana, (mais de) 20 no ano. Correr (durante o ano) com duas motos diferentes não será um problema – completou o brasileiro.
O piloto chega ao Mundial de Superbike após duas temporadas disputando o Campeonato Espanhol, um dos mais fortes da motovelocidade, com um quinto e um décimo lugar na classificação geral. Entre 2017 e 2020, ele foi tetracampeão brasileiro na categoria.
– Os dois últimos anos foram importantes para entender a categoria na Europa. O estilo de pilotagem é muito diferente. (As temporadas) serviram de preparação, para ganhar nível e pegar ritmo – avalia o paulista.
Mundial de Superbike
Um dos adversários que Granado terá no Mundial de Superbike é o suíço Dominique Aegerter, que o venceu na briga pelo título da última temporada da MotoE. Aegerter não disputará a edição deste ano do campeonato de motos elétricas, que terá as duas primeiras etapas (de 16, duas por fim de semana) em Le Mans (França), nos dias 13 e 14 de maio. O brasileiro é o piloto com mais vitórias (10) na categoria, cinco delas em 2022, mas rechaça qualquer favoritismo.
– Quando começa o ano, é tudo do zero. O que aconteceu no ano anterior não muda nada. O legal da MotoE é que as motos são exatamente iguais, então depende do piloto – afirmou Granado, que pode se tornar o primeiro brasileiro campeão mundial na motovelocidade, seja entre as motocicletas de série ou as elétricas.
– Farei o máximo para isso. Se Deus quiser, vamos brigar até o final – concluiu.