Às 11:54, o dólar avançava 0,46%, a R$ 4,1183 na venda. Na véspera, o dólar à vista teve alta de 0,46%, a R$ 4,0993 na venda.
Por Redação, com Reuters - de Brasília
O dólar mostrava força contra o real pelo segundo dia seguido nesta terça-feira, em dia de maior cautela no exterior, após dados econômicos fracos da China elevarem temores sobre uma desaceleração da economia global.
Às 11:54, o dólar avançava 0,46%, a R$ 4,1183 na venda. Na véspera, o dólar à vista teve alta de 0,46%, a R$ 4,0993 na venda, depois de ter operado em queda durante parte da sessão. Neste pregão, o dólar futuro subia cerca de 0,57%, a R$ 4,1240.
Para Italo Abucater, gerente de câmbio da Tullett Prebon, a moeda norte-americana continua seguindo a tendência das movimentações externas, acompanhando os dados econômicos das principais economias e aguardando por novos cortes de juros dos bancos centrais globais.
- Este vai ser um mês com mais saída (de fluxo), o que é bem normal, já que temos uma conjuntura global que favorece isso. Há uma cautela antes das decisões sobre juros com a proximidade das reuniões e isso também entra no preço - disse.
O índice de preços ao produtor (PPI, na sigla em inglês) da China caiu 0,8% em agosto contra um ano antes, aprofundando o declínio ante a taxa negativa de 0,3% de julho e contabilizando a pior contração ano a ano desde agosto de 2016, mostraram dados nesta terça-feira.
A divulgação dos números alimentou as expectativas já elevadas de mais estímulos econômicos por parte do governo da China. Em outras regiões, as apostas de cortes de juros por parte dos bancos centrais também seguiam elevadas. O Banco Central Europeu (BCE) anunciará na quinta-feira sua decisão de política monetária, seguido do Federal Reserve, que se reunirá nos dias 17 e 18 de setembro.
Contra uma cesta de moedas, o dólar tinha alta de 0,11%, a R$ 98,394.
No cenário doméstico, o BC vendeu todos os US$ 580 milhões em moeda física nesta terça-feira e negociou ainda todos os 11.600 contratos de swap cambial reverso ofertados —nos quais assume posição comprada em dólar.
Ações de varejistas com forte presença no comércio eletrônico recuavam forte na bolsa paulista nesta terça-feira, após a Amazon anunciar a chegada ao Brasil do Prime, seu serviço de assinatura de produtos de entretenimento e compras, incluindo frete gratuito para todo o país e prazo de entrega máximo de 48 horas em mais de 90 municípios.
Por volta de 10:50, B2W cedia 5,75%, Via Varejo perdia 3,57% e Magazine Luiza recuava 4%, liderando as perdas do Ibovespa, que cedia 0,33%. Em Nova York, as ações do Mercado Livre cediam 4,3%.
Mesmo em estágio inicial, analistas do BTG Pactual avaliaram que este é mais um movimento de expansão do negócio da Amazon no Brasil e que pode pressionar os papéis da B2W e Magazine Luiza no curto prazo, conforme nota enviada pela corretora do BTG a clientes nesta terça-feira.
Apesar disso, e de reconhecer o movimento e a força global da Amazon, a equipe do BTG ressaltou que varejistas locais vêm investindo em aumento de tráfego e sortimento em suas plataformas, além de um melhor nível de serviço, “os quais são, em nossa visão, três pilares fundamentais para se ter sucesso no e-commerce brasileiro e que fazem com que estejam mais bem preparados para a consolidação do mercado local.”
A equipe da XP Investimentos afirmou ver o movimento da Amazon como mais um passo importante para a estruturação da sua operação de varejo online no Brasil, mas destacou que o serviço Prime ainda é restrito com relação ao número de produtos ofertados e quantidade de cidades com entrega em dois dias.