Segunda, 23 de Setembro de 2019 às 10:14, por: CdB
Na máxima, a cotação foi a R$ 4,1773 na venda, a apenas 0,44% do recorde de fechamento de R$ 4,1957 na venda alcançado em 13 de setembro de 2018.
Por Redação, com Reuters - de São Paulo
O dólar operava em alta contra o real nesta segunda-feira, chegando a ficar a apenas 0,44% da máxima histórica de fechamento, com agentes do mercado à espera de novidades sobre as negociações comerciais entre Estados Unidos e China, em meio a maior cautela no cenário externo após leituras de atividade de negócios sugerirem crescimento estagnado na zona do euro.
Às 11:39, o dólar avançava 0,42%, a R$ 4,1711 na venda. Na máxima, a cotação foi a R$ 4,1773 na venda, a apenas 0,44% do recorde de fechamento de R$ 4,1957 na venda alcançado em 13 de setembro de 2018.
Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,49%, a R$ 4,1715.
- Ainda estamos refém do cenário externo. A redução das expectativas de um acordo entre EUA e China e a divulgação de dados fracos na Europa deixaram o investidor menos propensos a procurar por ativos de risco, já que os temores de uma recessão global voltaram com tudo - afirmou Fernando Bergallo, diretor de operações da Assessoria de câmbio FB Capital.
Um acordo comercial entre EUA e China pareceu ter ficado mais distante na sexta-feira, depois que autoridades chinesas cancelarem inesperadamente uma visita a fazendas de Montana e Nebraska em meio a dois dias de negociações em Washington.
A alta do dólar contra o real era destaque nos mercados globais de câmbio, em sessão marcada por menor volume de negócios para o horário (em comparação à média de cerca de um mês), com a moeda norte-americana também subindo 0,15% contra uma cesta de moedas.
Para Begallo, o dólar tende a se manter volátil, com o risco de subir para além da marca de R$ 4,20 e de possíveis atuações adicionais do Banco Central.
Nesta sessão, o BC vendeu todos os US$ 580 milhões ofertados em moeda física e negociou ainda todos os 11.600 contratos de swap cambial reverso ofertados —nos quais assume posição comprada em dólar. Adicionalmente, a autarquia vendeu também US$ 1,8 bilhões em leilão de rolagem de linha de dólar.
Ibovespa
O tom negativo prevalecia na bolsa paulista nos primeiros negócios desta segunda-feira, tendo de pano de fundo um cenário externo desfavorável, com fraqueza em praças acionárias após dados de atividade na Europa corroborarem o cenário de desaceleração da economia global.
Às 10:08, o Ibovespa caía 0,42 %, a 104.381,33 pontos.
Índices chineses
Os índices acionários da China começaram a semana em tom mais fraco, com incertezas em torno das negociações comerciais sino-americanas diminuindo o apetite pelo risco nesta segunda-feira.
O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,1%, enquanto o índice de Xangai teve queda de 1,1%.
Os Estados Unidos e a China classificaram as negociações de dois dias da semana passada como “produtivas” e “construtivas”, com o escritório do Representante de Comércio dos EUA dizendo que as negociações de alto nível ocorrerão em outubro, conforme planejado anteriormente.
No entanto, o apetite dos investidores por ativos de risco foi reduzido depois que autoridades chinesas cancelaram inesperadamente uma visita a fazendas em Montana e no Nebraska, nos EUA.
Especialistas em comércio, executivos e autoridades do governo dos dois países disseram que, mesmo que as negociações de setembro e outubro produzam um acordo provisório, a guerra comercial EUA-China se endureceu em uma batalha política e ideológica que é muito mais profunda do que as tarifas e pode levar anos para ser resolvida.