Após ter começado o dia em leve queda — que operadores haviam associado a movimento de realização de lucros após salto na semana passada —, a o meio circulante norte-americano reverteu as perdas depois que dados mostraram alta bem mais intensa do que o esperado nas vendas no varejo dos Estados Unidos em março, em mais uma evidência de que a economia encerrou o primeiro trimestre em terreno sólido.
Por Redação, com Bloomberg - de São Paulo
O dólar galopava na manhã desta segunda-feira, rumo ao seu maior valor do ano, após novos dados de varejo que mostraram força da economia norte-americana e em meio ao aumento da tensão no Oriente Médio. Na máxima do dia, a moeda dos EUA atingiu os R$ 5,191.
Após ter começado o dia em leve queda — que operadores haviam associado a movimento de realização de lucros após salto na semana passada —, a o meio circulante norte-americano reverteu as perdas depois que dados mostraram alta bem mais intensa do que o esperado nas vendas no varejo dos Estados Unidos em março, em mais uma evidência de que a economia encerrou o primeiro trimestre em terreno sólido.
As vendas no varejo, por lá, aumentaram 0,7% no mês passado. Economistas consultados pela Reuters previam avanço de 0,3%. Os novos números desencadearam nova alta dos títulos do Tesouro dos EUA, causando um salto no dólar.
No Oriente Médio, centenas de drones e mísseis lançados de forma inédita pelo Irã de seu próprio território em direção a Israel avançou mais um passo na disputa maior na região entre Tel Aviv e o autodenominado "Eixo da Resistência" —grupo de atores liderados por Teerã que se opõem ao Estado judeu, entre eles o Hamas na Faixa de Gaza.
Retaliação
Com os mercados globais repercutindo as tensões no Oriente Médio, o Ibovespa por sua vez oscilava nesta segunda-feira. Às 11h46, o índice operava estável, negociado aos 125.980 pontos, enquanto o dólar subia 1,21%, a R$ 5,18.
Os mercados financeiros começam a semana preocupados sobre se o ataque do Irã no fim de semana a Israel desencadeará uma retaliação. Com os investidores já abalados por uma forte inflação e pela perspectiva de taxas de juros mais elevadas durante mais tempo, a escalada da crise no Oriente Médio deverá ampliar a volatilidade.
Apesar da cautela, os operadores buscavam conforto na especulação de que os esforços diplomáticos deverão ajudar a evitar a escalada do conflito, contribuindo para ganhos em bolsas ao redor do mundo.
Meta fiscal
Na semana, os destaques no Brasil incluem a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2025, com possível mudança da meta fiscal. Há ainda o vencimento de título com correção cambial, bem como um dado de atividade e o relatório de produção da Vale (VALE3).
No exterior, destaque para o Produto Interno Bruto (PIB) da China, que será divulgado nesta segunda, com estimativa de desaceleração do crescimento para menos de 5% na comparação anual, segundo economistas pesquisados pela Bloomberg.
Falas de membros do Federal Reserve e do Banco Central Europeu também serão monitoradas ao longo da semana, que conta ainda com a participação do presidente do Fed, Jerome Powell, em evento com o presidente do BC do Canadá.