Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Em discurso, Aras sugere que mulheres seriam fúteis e vaidosas

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Quarta, 09 de Março de 2022 às 13:19, por: CdB

"Esse dia é um dia de homenagem à mãe. É um dia de homenagem às filhas. É um dia de homenagem à mulher. À mulher no seu sentido mais profundo, da sua individualidade, da sua intimidade. À mulher que tem o prazer de escolher a cor da unha que vai pintar. À mulher que tem o prazer de escolher o sapato que vão calçar", disse Aras.

Por Redação - de Brasília
Durante o seminário promovido pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), na véspera, pela passagem do Dia Internacional da Mulher, o procurador-geral da República, Augusto Aras, que também preside o CNMP, sugeriu que as mulheres seriam fúteis e vaidosas. O PGR disse que elas têm "o prazer de escolher a cor da unha" e "o sapato que vão calçar".
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O PGR Augusto Aras tentou fazer um elogio às mulheres mas conseguiu irritar a maioria delas
— Esse dia é um dia de homenagem à mãe. É um dia de homenagem às filhas. É um dia de homenagem à mulher. À mulher no seu sentido mais profundo, da sua individualidade, da sua intimidade. À mulher que tem o prazer de escolher a cor da unha que vai pintar. À mulher que tem o prazer de escolher o sapato que vão calçar. Pouco importa que tipo de escolha ela faça, porque essas maravilhosas mulheres que integram as nossas vidas e as nossas instituições são tão dedicadas a todas as causas em que se envolvem, que parece até que elas já estão no mundo quântico muito antes que a gente — disse Aras. E não parou por aí. — Precisamos cuidar da mulher, seja como mãe que tem os seus cuidados com a prole, seja também como indivíduo, que têm desejos e expectativas, seja como profissional, seja, enfim, como cidadãs plenas de cidadania, inclusive para exercer os mais altos cargos da República — continuou.

Igualdade

Aras afirmou, ainda, que há na gestão do CNMP e PGR "muitas mulheres contributivas para o sucesso das nossas instituições". Mas citou um estudo do CNMP em que as mulheres ainda são minoria na direção no Ministério Público brasileiro. Desde a Constituição de 1988, 52 mulheres ocuparam o cargo de procuradora-geral de uma unidade do MP, contra 240 homens. — Precisamos fazer com que as instituições públicas e privadas também possam estar pautadas internamente por uma constante busca da igualdade de gênero em seus trabalhos, na prestação de seus serviços. É urgente a adoção de medidas que garantam maior participação e, com isso, igualdade de gênero em nossa instituição — acrescentou Aras. O PGR elogiou, ainda, a Justiça Eleitoral por buscar o aumento da participação feminina na política.
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