Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Dilma pede por justiça pela morte do líder sem-terra Ênio Pasqualin

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Terça, 27 de Outubro de 2020 às 10:14, por: CdB

Pasqualin era casado, deixa duas filhas e um filho. Ele havia completado 48 anos no último dia 15. Segundo o MST, o líder sem-terra foi sequestrado, violentamente, na noite de sábado, e o corpo foi encontrado no dia seguinte.

Por Redação - de São Paulo
A presidenta deposta Dilma Rousseff (PT) cobrou esclarecimentos das autoridades, nesta terça-feira, sobre o assassinato de Ênio Pasqualin, líder do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no Paraná. “Foi sequestrado e assassinado neste fim de semana. Justamente por lutar pelo direito do povo à dignidade de arrancar da terra seu sustento e construir um país melhor”, escreveu Dilma em rede social. “As autoridades têm o dever de esclarecer a morte deste bravo guerreiro e de punir os assassinos”, acrescentou.
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Pasqualin foi sequestrado e executado por homens ainda não identificados pela Polícia
Pasqualin era casado, deixa duas filhas e um filho. Ele havia completado 48 anos no último dia 15. Segundo o MST, o líder sem-terra foi sequestrado, violentamente, na noite de sábado. O corpo foi encontrado na manhã do domingo nas proximidades do assentamento onde residia com a família, “com claras evidências de execução”. O Assentamento Ireno Alves dos Santos fica no município de Rio Bonito do Iguaçu, na região centro-oeste do Estado. Ele estava lá desde 1996.

Crime impune

“Tiraram a vida de um pai, de um marido, deixando suas duas filhas, o filho e a esposa com uma dor inexplicável”, afirma o MST, ao repudiar o assassinato. “Ênio Pasqualin sempre foi um camponês aguerrido na luta. Cobramos o esclarecimento dos fatos, a investigação e prisão dos envolvidos”, acrescenta a nota. Militante desde 1996, ele foi coordenador de base e tornou-se dirigente estadual do movimento. O líder sem-terra também presidiu a Central de Associações Comunitárias do Assentamento Ireno Alves dos Santos (Cacia). Em nota, a direção do PT afirmou que o episódio “não pode se tornar mais um crime impune na escalada de violência contra os movimentos sociais. E contra todos que defendem os interesses do povo brasileiro”.
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