Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Diante crise prolongada no país, investimentos diretos desabam

Chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha lembrou, nesta manhã, em conversa com jornalistas, que entre janeiro e maio, o fluxo de investimentos diretos foi de US$ 22,5 bilhões, 30% acima do registrado no mesmo período de 2020, quando foi de US$ 17,3 bilhões. O primeiro semestre do ano passado sofreu mais impacto da pandemia de covid-19.

Sexta, 25 de Junho de 2021 às 11:40, por: CdB

Chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha lembrou, nesta manhã, em conversa com jornalistas, que entre janeiro e maio, o fluxo de investimentos diretos foi de US$ 22,5 bilhões, 30% acima do registrado no mesmo período de 2020, quando foi de US$ 17,3 bilhões. O primeiro semestre do ano passado sofreu mais impacto da pandemia de covid-19.

Por Redação - de Brasília

A crise que se prolonga, no país, nos últimos quatro anos, tem levado os investimentos diretos de estrangeiros no país a desabar. Em maio, o aporte de recursos para empreendimentos na economia brasileira somou US$ 1,2 bilhão, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta sexta-feira. O montante é 65% menor que o registrado em abril, de US$ 3,5 bilhões.

bc.jpg
As nuvens carregadas de uma tempestade perfeita na economia brasileira continuam se aproximando do Banco Central

Fluxo

Comparado ao mesmo mês, há um ano, quando houve US$ 3,1 bilhões em investimentos desse tipo, a queda foi de 61%. O montante também ficou abaixo da projeção do BC para maio, que era de US$ 2,3 bilhões. O valor de maio é o menor para o mês desde 2007.

Chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha lembrou, nesta manhã, em conversa com jornalistas, que entre janeiro e maio, o fluxo de investimentos diretos foi de US$ 22,5 bilhões, 30% acima do registrado no mesmo período de 2020, quando foi de US$ 17,3 bilhões. O primeiro semestre do ano passado sofreu mais impacto da pandemia de covid-19.

​— A gente tem agora neste ano uma situação ainda de pandemia com atividade econômica recuperando. É o cenário oposto do que se tinha no início de 2020. A partir de março houve uma queda muito acentuada da atividade com incerteza muito grande. Mas este é um elemento relevante (o aumento nos cinco primeiros meses do ano) — acrescentou.

Viagens

As viagens internacionais também continuam reduzidas. Em maio, os turistas brasileiros gastaram US$ 333,6 milhões no exterior, 32,7 milhões a mais que em abril, mas abaixo dos valores registrados antes da pandemia. Os estrangeiros gastaram US$ 194,5 milhões no Brasil no mês.

Em janeiro de 2020, os brasileiros desembolsaram US$ 1,4 bilhão lá fora. Em fevereiro, já sob efeito da crise sanitária, foram US$ 881 milhões e em março, US$ 612 milhões.

Nos meses seguintes houve queda expressiva nos valores gastos em viagens internacionais, tanto por medo de contaminação e barreiras sanitárias, quanto pela alta do dólar no período.

Edições digital e impressa