Chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha lembrou, nesta manhã, em conversa com jornalistas, que entre janeiro e maio, o fluxo de investimentos diretos foi de US$ 22,5 bilhões, 30% acima do registrado no mesmo período de 2020, quando foi de US$ 17,3 bilhões. O primeiro semestre do ano passado sofreu mais impacto da pandemia de covid-19.
Por Redação - de Brasília
A crise que se prolonga, no país, nos últimos quatro anos, tem levado os investimentos diretos de estrangeiros no país a desabar. Em maio, o aporte de recursos para empreendimentos na economia brasileira somou US$ 1,2 bilhão, segundo dados do Banco Central (BC) divulgados nesta sexta-feira. O montante é 65% menor que o registrado em abril, de US$ 3,5 bilhões.
Fluxo
Comparado ao mesmo mês, há um ano, quando houve US$ 3,1 bilhões em investimentos desse tipo, a queda foi de 61%. O montante também ficou abaixo da projeção do BC para maio, que era de US$ 2,3 bilhões. O valor de maio é o menor para o mês desde 2007.
Chefe do departamento de estatísticas do BC, Fernando Rocha lembrou, nesta manhã, em conversa com jornalistas, que entre janeiro e maio, o fluxo de investimentos diretos foi de US$ 22,5 bilhões, 30% acima do registrado no mesmo período de 2020, quando foi de US$ 17,3 bilhões. O primeiro semestre do ano passado sofreu mais impacto da pandemia de covid-19.
— A gente tem agora neste ano uma situação ainda de pandemia com atividade econômica recuperando. É o cenário oposto do que se tinha no início de 2020. A partir de março houve uma queda muito acentuada da atividade com incerteza muito grande. Mas este é um elemento relevante (o aumento nos cinco primeiros meses do ano) — acrescentou.
Viagens
As viagens internacionais também continuam reduzidas. Em maio, os turistas brasileiros gastaram US$ 333,6 milhões no exterior, 32,7 milhões a mais que em abril, mas abaixo dos valores registrados antes da pandemia. Os estrangeiros gastaram US$ 194,5 milhões no Brasil no mês.
Em janeiro de 2020, os brasileiros desembolsaram US$ 1,4 bilhão lá fora. Em fevereiro, já sob efeito da crise sanitária, foram US$ 881 milhões e em março, US$ 612 milhões.
Nos meses seguintes houve queda expressiva nos valores gastos em viagens internacionais, tanto por medo de contaminação e barreiras sanitárias, quanto pela alta do dólar no período.