Os testes e estudos táticos promovidos pela PF, a partir desta manhã, estarão plenamente efetivos no dia 16 de agosto, quando começa de fato a campanha eleitoral. A previsão é a de que serão empregados entre 300 e 400 agentes, diariamente. A estimativa é que a ação tenha um custo de R$ 25 milhões, especialmente com gastos de diárias e passagens dos policiais.
Por Redação - de Brasília
Começou, nesta quarta-feira, o passo a passo para a realização do plano de segurança da Polícia Federal (PF) para proteger os candidatos à Presidência da República, em especial o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), líder nas pesquisas de opinião. O planejamento inclui o emprego de policiais especializados e do serviço de inteligência do órgão para identificar e neutralizar possíveis ameaças.
Os testes e estudos táticos promovidos pela PF, a partir desta manhã, estarão plenamente efetivos no dia 16 de agosto, quando começa de fato a campanha eleitoral. A previsão é a de que serão empregados entre 300 e 400 agentes, diariamente. A estimativa é que a ação tenha um custo de R$ 25 milhões, especialmente com gastos de diárias e passagens dos policiais. Outros R$ 32 milhões foram empregados com a aquisição de equipamentos.
De acordo com a PF, já foram comprados 71 carros blindados, coletes à prova de bala, pastas balísticas, uniformes, além de kits de primeiro socorro e equipamentos de radiocomunicação.
A PF criou um Sistema Integrado de Proteção aos Presidenciáveis (SIPP) e fará relatórios de análise de risco para tomar as melhores decisões para proteger os candidatos.
Bolsonaro
A antecipação do planejamento e o reforço da operação acontece em meio a um ambiente conflagrado e após a facada sofrida pelo então candidato do PSL, Jair Bolsonaro, nas eleições de 2018. A segurança de Bolsonaro, no entanto, permanecerá com o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República.
A PF será responsável pelos demais candidatos, entre eles o ex-presidente Lula, considerado pela instituição uma das candidaturas de maior risco. Segundo a PF, cada candidato terá uma equipe de, no mínimo, 27 policiais. A de Lula deve mobilizar um número maior, devido à exposição.
O esquema de segurança do líder petista será reforçado, até mesmo dentro de casa, segundo informe da PF. Embora o esquema de proteção aos candidatos a presidente ainda não tenha entrado totalmente em vigor, por ser ex-presidente, o petista tem direito a um time de segurança fornecido pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do Palácio do Planalto, que passa a ser reforçado a partir desta quarta-feira.
Sozinho
A equipe do GSI intensificou o acompanhamento a Lula após episódios recentes. Em Campinas, São Paulo, por exemplo, manifestantes cercaram o carro do ex-presidente enquanto ele se encaminhava para um almoço. No Paraná, um deputado ameaçou de morte. Ameaças deste nível têm se tornado cada vez mais comuns.
Seguranças evitam deixar Lula sozinho e estão quase todo o tempo a alguns passos de distância do ex-presidente. Deslocamentos longos são desaconselhados e até mesmo locais de gravação de material de campanha são escolhidos levando em consideração sua segurança. Em ato em Juiz de Fora, Minas Gerais, seguranças alertaram Lula sobre a localização do palco e sobre estar muito próximo ao público. Mesmo assim, o ex-presidente participou do ato.
Em reunião com os assessores dos principais candidatos, na véspera, representantes da PF explicaram os detalhes da operação. Além dos agentes, a PF contará também com carros blindados.