Estabelecimentos situados em Arras, no norte do país, onde recentemente houve o assassinato de um professor, também foram alvos de ameaças. Segundo a polícia francesa, várias escolas da região receberam um e-mail, que mencionava o conflito entre Israel e o Hamas.
Por Redação, com CartaCapital - de Paris
Cerca de 22 escolas do ensino médio na região francesa do Ródano e Alpes, onde está a cidade de Lyon, foram esvaziadas após alertas de bomba enviados simultaneamente nesta segunda-feira, segundo a polícia.
Outros estabelecimentos situados em Arras, no norte do país, onde recentemente houve o assassinato de um professor, também foram alvos de ameaças.
Segundo a polícia francesa, várias escolas da região onde fica Lyon receberam simultaneamente um e-mail às 5h, no horário local, que mencionava o conflito entre Israel e o Hamas. A mensagem também solicita o pagamento de um resgate de vários milhões de euros.
O alerta foi descrito como “surrealista” por um dos policiais envolvidos na investigação, mas as polícias militar e civil estão analisando a existência de um eventual risco para os estabelecimentos públicos e particulares citados no e-mail, de acordo com a Direção dos Serviços de Educação Nacional, vinculado ao Ministério da Educação, que administra as escolas.
Em Lyon, uma universidade católica também foi esvaziada, segundo a Secretaria de Segurança Pública da região, que mobilizou cães farejadores em busca de um eventual artefato. Desde setembro, em todo o país, as ameaças se multiplicam nos estabelecimentos de ensino, deixando milhares de alunos sem aula.
Na semana passada, em Grenoble, nos Alpes franceses, cerca de 30 alertas atrapalharam o cotidiano de aproximadamente vinte escolas, durante vários dias.
Ameaça em Arras
Em Arras, no norte do país, diversos estabelecimentos também foram visados por alertas de bomba nesta segunda-feira e muitos foram esvaziadas.
Entre eles está a escola de ensino médio Léon Gambetta, onde, há um mês, Dominique Bernard, professor de francês de 57 anos, foi morto a facadas por um ex-aluno. Após o ataque, o governo francês elevou o alerta nacional de risco de atentados na França para o patamar máximo previsto no plano de segurança “Vigipirate”
As ameaças também foram feitas por e-mail, segundo a Secretaria de Segurança Pública de Pas-de-Calais, no norte do país, que retirou os alunos do estabelecimento “por precaução.” Duas escolas em Dainville, nas redondezas, também foram esvaziadas.