Nunes seguiu sua fala ao declarar que era contra a criação do feriado: “Não tem nada a ver com racismo, nada contra negros. É simplesmente não ter mais feriados no país. Temos feriados demais nesse país”, disse o parlamentar.
Por Redação - de Brasília
Durante sessão no plenário da Câmara na noite passada, o deputado bolsonarista Bibo Nunes (PL-RS) citou a frase nazista encontrada no portões de entrada do campo de concentração de Auschwitz, ao se opor ao projeto de lei que busca tornar um feriado nacional o Dia da Consciência Negra.
Nunes seguiu sua fala ao declarar que era contra a criação do feriado: “Não tem nada a ver com racismo, nada contra negros. É simplesmente não ter mais feriados no país. Temos feriados demais nesse país”, disse o parlamentar.
— O trabalho dignifica, ‘o trabalho liberta’ (Arbeit macht frei) — continuou o bolsonarista.
Feriado
Apenas em Auschwitz foram assassinados cerca de 1,1 milhão de vítimas, entre judeus, comunistas, ciganos, homossexuais e pessoas com deficiência física e mental. Ainda assim, movimentos neonazistas — principalmente nos Estados do sul do país — proliferam entre uma sociedade branca e de ultradireita, onde Bolsonaro obteve seus mais altos índices de aprovação.
Ao longo do mandato, o mandatário neofascista fez questão de receber, em grande estilo, os representantes dos partidos da ultradireita alemã, entre eles representantes de movimentos neonazistas.
Durante a sessão encerrada na madrugada desta quarta-feira, foi aprovado com 303 votos a favor e 115 contra, a urgência do projeto de lei que torna o Dia da Consciência Negra um feriado nacional. Nessa categoria, a pauta é permitida para ser analisada em Plenário, sem a necessidade de passar por uma comissão especial. Caberá ao presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), pautar a matéria para análise dos parlamentares.