Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Democratas ameaçam paralisação se Trump insistir em construir muro

Os líderes do Partido Democrata no Congresso dos Estados Unidos advertiram ao presidente Donald Trump que incluir uma verba de US$ 8,6 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México.

Segunda, 11 de Março de 2019 às 10:23, por: CdB

Os líderes do Partido Democrata no Congresso dos Estados Unidos advertiram ao presidente Donald Trump que incluir uma verba de US$ 8,6 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México.

Por Redação, com EFE e Reuters - de Washington

Os líderes do Partido Democrata no Congresso dos Estados Unidos advertiram no domingo ao presidente Donald Trump que incluir uma verba de US$ 8,6 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México na sua próxima proposta orçamentária provocaria uma nova paralisação do governo.
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Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump
– O presidente Trump prejudicou milhões de norte-americanos e gerou um caos generalizado quando de maneira imprudente paralisou o governo para tentar desenvolver seu caro e ineficaz muro. O mesmo acontecerá de novo se insistir – disseram em comunicado a presidente da Câmara dos Representantes, Nancy Pelosi, e o líder da minoria no Senado, Chuck Schumer.

Orçamento de Trump para 2020

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu nesta segunda-feira ao Congresso que reduza os custos com ajuda ao exterior e aumente os gastos com os militares e para um muro que quer construir na fronteira com o México, disse um funcionário do governo a repórteres. O orçamento elevaria os gastos com defesa em 4 por cento, para US$ 750 bilhões, afirmou a autoridade sob anonimato, enquanto reduziria a ajuda externa em US$ 13 bilhões. Ao longo de uma década, o projeto cortaria US$ 1,9 trilhão de gastos obrigatórios por meio de reformas propostas, disse.

Famílias separadas na fronteira

Em um golpe à estratégia da administração Trump para a fronteira entre Estados Unidos e México, um juiz federal da Califórnia expandiu o número de famílias de imigrantes separadas na fronteira que o governo precisa reunir. O juiz Dana Sabraw, do Tribunal Distrital de San Diego, emitiu, no final da sexta-feira, uma decisão preliminar que potencialmente expande a milhares o número de imigrantes incluídos em um processo de ação de classe iniciado pela União Americana de Liberdades Civis. Sabraw havia ordenado a administração Trump, ano passado, a reunir mais de 2,8 mil crianças imigrantes que foram separadas de seus pais na fronteira entre EUA e México, sob a política de “tolerância zero” da administração. Mas ele permitirá que mais famílias separadas juntem-se à ação de classe, depois que um relatório emitido em janeiro, pelo inspetor-geral do Departamento Americano de Serviços Humanos e de Saúde, identificou potencialmente milhares de outras famílias que haviam sido separadas a partir de 1º de julho de 2017. A política de “tolerância zero” da administração não se tornou efetiva até maio de 2018. – A marca de uma sociedade civilizada é medida por como ela trata seu povo e aqueles em suas fronteiras – disse Sabraw, em sua decisão. Sabraw afirmou que o relatório era um “desdobramento importante neste caso” e que o seu conteúdo é “indiscutível”.
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