Em janeiro, o número estava em 138,88 e atingiu 140,24 pontos, em fevereiro. A partir de então, a atividade começou a cair e chegou ao menor nível em abril, com 119,65 pontos. Em dezembro, o crescimento foi de 0,64%, acima do registrado no mês anterior, de 0,59%, a menor desde maio, quando a economia começou a se restabelecer depois do tombo causado pela pandemia.
Por Redação - de Brasília
A produção econômica brasileira levou um tombo inédito, de 4,05%, em 2020, segundo Índice de Atividade do Banco Central (IBC-Br) divulgado nesta sexta-feira. O medidor é demarcado em pontos e, em dezembro, seu nível chegou próximo aos patamares observados antes da crise, com 138,33.
Em janeiro, o número estava em 138,88 e atingiu 140,24 pontos, em fevereiro. A partir de então, a atividade começou a cair e chegou ao menor nível em abril, com 119,65 pontos. Em dezembro, o crescimento foi de 0,64%, acima do registrado no mês anterior, de 0,59%, a menor desde maio, quando a economia começou a se restabelecer depois do tombo causado pela pandemia.
Em outubro, o ritmo da retomada começou a perder tração e o índice teve alta de 0,86%, segundo relatório do BC. A série, no entanto, foi revisada e a variação do mês passou para 0,75%. No último trimestre do ano, a economia cresceu 3,14%.
Isolamento
Após o início da pandemia, o fechamento do comércio e o isolamento social atingiram em cheio os setores do comércio e de serviços. Com a reabertura e flexibilização do distanciamento, a atividade segue agora em leve recuperação, observada desde maio. O número mensal foi calculado com ajuste sazonal (que remove particularidades do período, como número de dias úteis) para facilitar a comparação com outros meses.
Em março, quando o vírus chegou ao país, houve redução de 5,90% no setor produtivo, já sob efeito do isolamento social. Com a população em casa, o consumo diminuiu em diversos setores, como transporte e hospedagem, e a atividade econômica sofreu seu pior impacto.
O vale mais profundo foi registrado em abril, quando a economia declinou 9,73%, ponto mais baixo desde outubro de 2006 e maior queda entre um mês e outro em toda a série histórica, iniciada em 2003. Maio já trouxe resultado positivo em relação a abril, de 1,3%, mas ficou aquém das expectativas do mercado, que eram de 4,5%.
Desempenho
O IBC-Br mede a atividade econômica do país e é divulgado desde março de 2010. Ele foi criado para auxiliar em decisões de política monetária, já que não existe outro dado mensal de desempenho do setor produtivo. O indicador do BC leva em conta o desempenho dos principais setores da economia: indústria, agropecuária e serviços.
No ano passado, os efeitos da pandemia sobre a atividade econômica, apesar de percebidos já em fevereiro, se intensificaram em todo o mundo a partir de março. Para conter o número de mortos, o Brasil adotou o isolamento social em boa parte do território, o que atingiu, diretamente, a atividade econômica.
Os impactos foram notados, principalmente, entre março e abril. A partir de maio, o IBC-Br demonstrou reação. Na comparação entre os meses de dezembro de 2020 e de 2019, houve alta de 1,34% na série sem ajustes sazonais. Essa série encerrou com o IBC-Br em 139,30 pontos em dezembro, no maior patamar para um mês de dezembro desde 2014 (145,48 pontos).