Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Cuba tem protesto em meio a apagões e escassez de alimentos

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Segunda, 18 de Março de 2024 às 13:09, por: CdB

Cuba entrou em uma crise econômica sem precedentes desde a pandemia de covid-19, com grande escassez de alimentos, combustível e medicamentos. Isso provocou êxodo recorde de mais de 400 mil pessoas, que migraram para os Estados Unidos.


Por Redação, com Reuters - de Havana


Centenas de pessoas participaram na segunda maior cidade de Cuba, Santiago, de um raro protesto público no domingo, de acordo com relatos oficiais e a rede social. O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, pediu diálogo em uma "atmosfera de tranquilidade e paz".




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Presidente Miguel Diaz-Canel pediu diálogo

Os manifestantes em Santiago saíram às ruas com gritos de "energia e comida", de acordo com vídeos postados nas redes sociais. Os apagões em alguns lugares se estenderam por 18 horas ou mais por dia, colocando em risco os alimentos congelados e aumentando as tensões na ilha.


Cuba entrou em uma crise econômica sem precedentes desde a pandemia de covid-19, com grande escassez de alimentos, combustível e medicamentos. Isso provocou êxodo recorde de mais de 400 mil pessoas, que migraram para os Estados Unidos.


Díaz-Canel confirmou o protesto em Santiago na plataforma X, logo após o fim da manifestação.


– Várias pessoas expressaram sua insatisfação com a situação do serviço elétrico e da distribuição de alimentos –  disse Díaz-Canel. "A disposição das autoridades do Partido, do Estado e do Governo é atender às reclamações do nosso povo, ouvir, dialogar, explicar os diversos esforços que estão sendo realizados para melhorar a situação, sempre em uma atmosfera de tranquilidade e paz."


Díaz-Canel também afirmou que "terroristas" dos Estados Unidos estavam tentando fomentar novas revoltas.


"Esse contexto será aproveitado pelos inimigos da Revolução para fins de desestabilização", disse ele no X.


A polícia chegou a Santiago para "controlar a situação" e "evitar a violência", de acordo com relato publicado na rede social pela estatal CubaDebate.


Não ficou claro se alguém havia sido preso durante o protesto.



Partido Comunista


Beatriz Johnson, representante do Partido Comunista de Santiago, disse que os manifestantes foram "respeitosos" e ouviram "atentamente" as explicações do governo sobre a escassez de alimentos e eletricidade.


Vídeos nas mídias sociais sugerem que a manifestação foi pacífica.


A capital cubana e locais periféricos pesquisados pela Reuters pareciam calmos no fim da noite de ontem. A Reuters não pôde confirmar imediatamente a veracidade de vídeos nas mídias sociais de supostos protestos em outras cidades cubanas.




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