Parte dos integrantes relata o receio de que as suspeitas de corrupção no Ministério da Saúde não parem por aí e cresçam a ponto de prejudicar a articulação em projetos prioritários. Os casos têm crescido, dia após dia, com o envolvimento de funcionários do segundo escalão do governo em tratativas de propinas.
Por Redação - de Brasília
Integrantes do Ministério da Economia têm comentado, pelos corredores, que a crise política em crescimento no governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ameaça as reformas econômicas previstas para entrar em pauta no Congresso. As recentes denúncias de corrupção, a CPI da Covid e a aproximação da eleição acenderam a luz vermelha no gabinete do ministro Paulo Guedes.
A jornalistas da mídia conservadora, assessores do ministro têm feito previsões sombrias quanto ao cenário atual de escândalos, capazes de afetar não apenas o trâmite das reformas consideradas estruturais, mas o alcance dos textos em discussão no Parlamento. Empresários e investidores, no país e no exterior, também externam a preocupação com os desgastes políticos causados pela série de escândalos na compra de vacinas.
O possível aumento do risco-país e a ampliação da fuga de capital, em especial em caso de impedimento de Bolsonaro, constam no radar dos operadores financeiros, principalmente após a apresentação do chamado ‘superpedido de impeachment’ do presidente, na Câmara. Integrantes do time de Guedes afirmam que as denúncias devem ser apuradas. No entanto, eles apostam na manutenção da base parlamentar e no insucesso dos pedidos de impeachment.
Covaxin
Ainda assim, parte dos integrantes relata o receio de que as suspeitas de corrupção no Ministério da Saúde não parem por aí e cresçam a ponto de prejudicar a articulação em projetos prioritários. Os casos têm crescido, dia após dia, com o envolvimento de funcionários do segundo escalão do governo em tratativas de propinas.
O diário conservador paulistano Folha de S. Paulo revelou, com exclusividade no dia 18 de junho, o teor do depoimento sigiloso do servidor Luis Ricardo Miranda ao Ministério Público Federal (MPF), no qual relatou pressão atípica para liberar a importação da Covaxin. Desde então, o caso está no foco da CPI.