Os autores do ataque deixaram um bilhete alertando que aquilo seria um aviso e reivindicando melhores condições nos presídios.
Por Redação, com ABr - de Fortaleza/São Paulo
Um grupo explodiu, na madrugada desta quinta-feira, uma bomba em um viaduto do município de Caucaia, região metropolitana de Fortaleza. De acordo com a Polícia Rodoviária Federal (PRF), a ação foi registrada por volta das 0h30, quando policiais que estavam na região ouviram um forte estrondo e se deslocaram para o local.
Os autores do ataque deixaram um bilhete alertando que aquilo seria um aviso e reivindicando melhores condições nos presídios.
Uma das colunas do viaduto foi atingida por explosivos e o trânsito foi totalmente interrompido – apenas as alças do dispositivo permanecem com fluxo de veículos. Até o momento, homens da PRF seguem no local e aguardam a chegada de engenheiros do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes.
Ainda de acordo com a corporação, dois ônibus e uma van foram incendiados também durante a madrugada desta quinta-feira. Os veículos maiores foram atacados dentro da capital cearense e a van, em Caucaia.
Policiais são presos em flagrante
Dois policiais militares foram presos em flagrante, acusados de assassinar o jovem Thiago Celso Silva, de 17 anos, na tarde da última segunda-feira, no quilômetro 17 da rodovia Castello Branco, município de Osasco. O crime foi gravado por câmera de segurança instalada na via.
Segundo depoimento dos policiais militares Mike Fritz Oliveira Gouveia, 25, e Fabio Luciano Silva, 48, no boletim de ocorrência, ambos faziam patrulhamento pelo local quando avistaram três homens em atitude considerada por eles suspeita e resolveram abordá-los.
Dois deles teriam fugido, enquanto o terceiro teria ido em direção à rodovia e começado a atirar contra os policiais. Ainda na versão dos PMs, para revidar, atingiram Thiago com disparos de arma de fogo.
No entanto, imagens gravadas pelas câmeras de segurança da rodovia, cedidas pela concessionária da via à delegacia, mostraram que Thiago não tinha arma de fogo e estava rendido pelos policiais. O caso foi registrado como homicídio qualificado, denunciação caluniosa e fraude processual contra os PMs.
A Secretaria de Segurança Pública (SSP) informou que os policiais permanecem detidos no Presídio Romão Gomes, à disposição da Justiça, e também responderão pelos crimes na Justiça Militar e administrativamente, podendo ser expulsos da corporação.