O ex-atleta é mencionado pela comissão como um dos líderes da empresa 18K, acusada de estar envolvida em um esquema de pirâmide que prometia falsos lucros e que não pagou os usuários.
Por Redação, com ANSA e ABr - de Brasília
A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) das Pirâmides Financeiras aprovou na quarta-feira a quebra dos sigilos bancário e fiscal do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho.
O ex-atleta é mencionado pela comissão como um dos líderes da empresa 18K, acusada de estar envolvida em um esquema de pirâmide que prometia falsos lucros e que não pagou os usuários.
O campeão mundial de 2002, por sua vez, nega as acusações e alega que teve sua imagem utilizada de forma indevida.
O deputado federal Ricardo Silva (PSD-SP), autor do requerimento para as quebras de sigilos, comentou que “durante as investigações, foi possível constatar que o ex-jogador fez, por diversas vezes, publicidade para a empresa fraudulenta”.
Quebra dos sigilos bancário
Além do ídolo do Barcelona, os parlamentares também aprovaram a quebra dos sigilos bancário e fiscal de outras pessoas supostamente envolvidas com a 18K, como o irmão do ex-atleta do Milan, Roberto de Assis Moreira.
Antes de Ronaldinho se apresentar para depor na CPI, os deputados falaram em pedir a condução coercitiva do multicampeão, que já havia sido convocado duas vezes. As autoridades até retiraram seu passaporte para impedir uma possível fuga do país.
Ouvidoria acompanha investigações sobre morte de torcedor do São Paulo
A Ouvidoria da Polícia do Estado de São Paulo anunciou na quarta-feira que acompanhará as investigações realizadas pela Polícia Militar e pela Polícia Civil no caso do torcedor do São Paulo, Rafael Garcia, de 32 anos, que foi encontrado com um ferimento na cabeça durante confronto entre torcedores do clube paulista e a Polícia Militar na tarde do último domingo (24) no estádio do Morumbi.
“Abrimos um procedimento nesta data, solicitando à Polícia Militar as imagens das câmeras corporais portáteis, informações sobre o tipo de munição utilizada, bem como a identificação dos policiais que atuaram na ocasião com armas longas em carga e relatórios com atribuição de tiros disparados por policial. Do mesmo modo, solicitamos à Polícia Civil as câmeras do local, laudos necroscópicos, laudos do local e também balísticos”, diz a nota da Ouvidoria, que também manifestou seu repúdio a qualquer forma de violência.
Na tarde do último domingo o São Paulo garantiu o título da Copa do Brasil após empatar com o Flamengo por 1 a 1 no segundo jogo da decisão (o Tricolor venceu o primeiro confronto da decisão por 1 a 0). Após a partida foi registrada confusão envolvendo torcedores que permaneceram no entorno do Morumbi e policiais militares.
“Após o término do jogo, torcedores tentaram acessar a área restrita, entre a Avenida Jules Rimet e a Rua Sérgio Paulo Freddi, e passaram a arremessar garrafas e objetos contra os policiais, que intervieram com o uso de munição de menor potencial ofensivo. Oito policiais ficaram feridos. Um homem foi detido após tentar furar um bloqueio policial no entorno do estádio, incitar a torcida a ultrapassar o bloqueio, desacatar e agredir os policiais que faziam a segurança durante a chegada das delegações. Na ocasião, outro homem foi encontrado caído, com um ferimento na cabeça. Ele foi levado ao Pronto Socorro Campo Limpo, mas não resistiu”, afirmou a Polícia Civil em nota divulgada no último domingo.
Na última terça-feira a Torcida Independente também se pronunciou. A entidade informou que Rafael Garcia fazia parte dos quadros da Surdos e Mudos da Independente. “Não sabemos o que ocorreu e aguardamos o total conhecimento dos fatos, para as devidas responsabilizações”, publicou em uma rede social a torcida, que também afirmou que seguiu todos os protocolos estabelecidos pelas autoridades de segurança.