Ao longo deste ano, o ouro subiu quase 20% este ano, apoiado pelas grandes compras dos bancos centrais, pelo forte apetite do consumidor na China e pela demanda por ativos considerados mais seguros em meio às tensões geopolíticas.
Por Redação, com Reuters – de Washington
O ouro se estabilizou, nesta quarta-feira, depois de atingir outro recorde, em meio ao aumento de apostas de investidores nos cortes das taxas do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), ao mesmo tempo em que avaliam as incertezas da perspectiva política nos Estados Unidos.
Seguro
Na véspera, o ouro subiu para um recorde histórico de US$ 2.482,29 a onça, antes de reduzir os ganhos. O metal chegou a subir cerca de 2% na terça-feira, com os investidores apostando em cortes mais profundos e antecipados nos juros do Fed, em meio a sinais crescentes de que a inflação está desacelerando em direção à meta do BC.
Ao longo deste ano, o ouro subiu quase 20% este ano, apoiado pelas grandes compras dos bancos centrais, pelo forte apetite do consumidor na China e pela demanda por ativos considerados mais seguros em meio às tensões geopolíticas.
“Os fundamentos mudaram para oferecer aos investidores mais motivos para reavaliar o investimento em ouro no portfólio. Com um posicionamento amplo por parte dos investidores, o patamar de US$ 2.500 pode ser testado em breve”, escreveu Chris Weston, chefe de pesquisa do Pepperstone Group em uma nota nesta quarta-feira.
Política
Ainda assim, há sinais de que a alta está se estendendo demais. O índice de força relativa de 14 dias do ouro oscila em torno de 70, um limite que alguns investidores consideram como esticado.
Os mercados ao redor do mundo permanecem avaliando as implicações econômicas e políticas do atentado contra Donald Trump no fim de semana, à medida que sua candidatura à Presidência ganha algum impulso.
Um retorno de Trump à Casa Branca poderia reforçar o status de “porto seguro” do ouro se as tensões comerciais globais aumentarem. Os cortes de impostos planejados também podem arriscar um aumento no déficit do governo dos EUA.