Rio de Janeiro, 13 de Junho de 2025

COP29: proposta de acordo é ‘inaceitável’, diz África

A cifra apresentada no rascunho do documento final da cúpula climática da ONU em Baku, Azerbaijão, decepcionou o mundo emergente, que cobra mais recursos dos países ricos.

Sexta, 22 de Novembro de 2024 às 13:04, por: CdB

A cifra apresentada no rascunho do documento final da cúpula climática da ONU em Baku, Azerbaijão, decepcionou o mundo emergente, que cobra mais recursos dos países ricos.

Por Redação, com ANSA – de em Baku, Azerbaijão

A proposta de acordo na COP29 que prevê a destinação de US$ 250 bilhões pelos países ricos a nações em desenvolvimento em 2035 é considera “inaceitável” pela África.

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Ativista protesta por mais ambição climática de países ricos na COP29

A cifra apresentada no rascunho do documento final da cúpula climática da ONU em Baku, Azerbaijão, decepcionou o mundo emergente, que cobra mais recursos dos países ricos, que alcançaram seu atual estágio de desenvolvimento ao custo da poluição do planeta.

– A meta proposta de mobilizar US$ 250 bilhões por ano em 2035 é totalmente inaceitável e inadequada para cumprir o Acordo de Paris – disse Ali Mohamed, presidente do Grupo de Negociadores Africanos.

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Os países emergentes exigem um fundo na casa do trilhão de dólares para garantir que eles possam desenvolver suas economias em um cenário de crise climática.

Já as nações ricas querem que as doações também partam de outros Estados, bem como do setor privado, de entidades filantrópicas e de organismos multilaterais.

Novo rascunho da COP29 fala em fundo de US$ 1,3 trilhão por ano

O novo rascunho de documento final da COP29 prevê um fundo de pelo menos US$ 1,3 trilhão (R$ 7,5 trilhões) por ano até 2035 para ajudar países em desenvolvimento contra a crise climática, mas estabelece que a contribuição das nações ricas será de até US$ 250 bilhões (R$ 1,4 trilhão) anuais, cifra aquém do desejado pelo mundo emergente.

Esse é o primeiro esboço que cita valores precisos para o Novo Objetivo Coletivo Quantificado de Financiamento Climático (NCQG) na cúpula de Baku, prevista para terminar nesta sexta-feira. O NCQG substituirá o fundo de US$ 100 bilhões por ano prometido pelos países ricos às nações em desenvolvimento, que nunca foi cumprido.

O rascunho pede que “todos os atores trabalhem juntos para permitir o financiamento aos países em desenvolvimento para a ação climática”. Os recursos viriam “de todas as fontes públicas e privadas”, totalizando “pelo menos US$ 1,3 trilhão por ano até 2035”, incluindo contribuições dos próprios emergentes.

Segundo o texto, os países ricos se comprometeriam a chegar a US$ 250 bilhões por ano em contribuições, porém somente em 2035.

Além disso, esses repasses não seriam constituídos de doações públicas a fundo perdido, como querem os países em desenvolvimento, mas sim de todas as fontes de financiamento públicas e privadas, como exigem os doadores.

O rascunho de conclusão da COP, mais uma vez, também não estabelece metas precisas para redução do uso de combustíveis fósseis, cuja exploração por atividades humanas é a principal responsável pelo aquecimento global.

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