O contágio do novo coronavírus oferece alguma proteção à população jovem, mas não garante completa imunidade contra uma reinfeção, segundo estudo publicado na revista científica The Lancet Respiratory Medicine.
Por Redação, com ABr e Sputnik - de Nova York/Moscou
O contágio do novo coronavírus oferece alguma proteção à população jovem, mas não garante completa imunidade contra uma reinfeção, segundo estudo publicado na quinta-feira na revista científica The Lancet Respiratory Medicine.

Os jovens reinfectados
Os pesquisadores mostram que os jovens reinfectados tinham menos anticorpos do que aqueles que não voltaram a contrair o vírus, e a sua carga viral era dez vezes mais baixa do que a dos recrutas que tinham ficado infectados pela primeira vez. Segundo eles, isso significa que algumas pessoas reinfectadas podem transmitir o vírus, ainda que seja uma conclusão que, advertem, requer mais investigação para ser confirmada. "À medida que as campanhas de vacinação vão ganhando impulso, é importante lembrar que, apesar de uma infecção prévia por covid-19, os jovens podem contrair o vírus novamente e transmiti-lo a outras pessoas", afirma, em nota um dos autores do estudo, Stuart Sealfon, da Escola de Medicina Icah, de Monte Sinai, nos Estados Unidos.Desenvolvedores da Sputnik V
Os desenvolvedores da vacina russa Sputnik V pediram aos reguladores de saúde em todo o mundo que examinem cuidadosamente um estudo da Universidade de Oxford sobre a correlação entre eventos raros de coagulação sanguínea e diferentes tipos de imunizantes contra a covid-19.
O estudo da Universidade de Oxford, pela primeira vez, levanta a questão dos riscos de coagulação do sangue em vacinas fabricadas nos EUA com base em uma plataforma de mRNA, uma tecnologia nova e não testada anteriormente. O estudo, baseado em dados de mais de 35 milhões de pessoas, foi publicado na quinta-feira.
A Universidade de Oxford publicou um estudo importante com base em mais de 489 mil receptores de vacina de mRNA que mostra que o risco de trombose da veia porta parece ser 30 vezes maior com vacinas de mRNA (Pfizer e Moderna) do que com a da AstraZeneca.
Os desenvolvedores da Sputnik V destacam que o risco de um indivíduo desenvolver trombose venosa cerebral, principal razão pela qual muitos reguladores recomendam a suspensão do uso de vacinas produzidas pela AstraZeneca e pela Johnson & Johnson "parece ser muito semelhante" ao se comparar os casos da vacina da AstraZeneca (cinco em um milhão) com os das vacinas de mRNA da Pfizer e Moderna (quatro em um milhão).
Em meio a uma controvérsia sobre eventos raros de coagulação do sangue durante o uso da vacina, os reguladores dos EUA recomendaram nesta semana a pausa no uso do imunizante contra o novo coronavírus da Johnson & Johnson, enquanto investigam esses casos.
Anteriormente, o regulador de medicamentos da Europa, a Agência Europeia de Medicamentos (EMA), disse ter encontrado uma possível ligação entre a vacina da AstraZeneca e casos raros de coágulos sanguíneos em alguns adultos que receberam a injeção. Os anúncios levaram vários países a atrasar ou suspender o uso das vacinas Johnson & Johnson e AstraZeneca. Ambas as vacinas usam plataformas baseadas em vetores adenovirais.
No início de 2021, dados roubados dos servidores da EMA durante um ataque cibernético e divulgados na web mostraram que a Pfizer, fabricante de vacina de mRNA, enfrentou sérios problemas durante a troca entre a produção em laboratório e em escala real para o mercado de massa.
Esses dados revelaram que a integridade do RNA das amostras de produção em grande escala diminuiu drasticamente, resultando em uma diminuição na segurança. Além disso, a baixa integridade combinada com a alta dosagem significa que o paciente recebe mais RNA truncado, o que não criaria imunidade contra a covid-19 e causaria um estresse prejudicial extra na imunidade humana.