Em recente entrevista ao site de notícias ‘Diário do Centro do Mundo’, Genoino propôs, ainda, que o Brasil cortasse relações comerciais com Israel, em resposta ao genocídio em curso na Faixa de Gaza. Altman, que é militante do PT de primeira hora, saiu de imediato em defesa de Genoino.
Por Redação - de São Paulo
A organização sionista radical Confederação Israelita do Brasil (Conib) iniciou mais um processo, nesta quarta-feira, pela prisão do jornalista Breno Altman, editor do site de notícias Opera Mundi. A associação religiosa extremista, que apoia o governo de ultradireita do presidente israelense Benjamin Netanyahu, entrou com o pedido junto ao Tribunal Regional Federal da III Região.
A acusação da Conib contra Breno Altman, que também é judeu, seria por "incitar uma caçada aos judeus” ao apoiar o protesto do ex-presidente do PT, o ex-deputado José Genoino (SP), que propõe o boicote aos produtos da indústria israelense patrocinadora do sionismo.
Em recente entrevista ao site de notícias ‘Diário do Centro do Mundo’, Genoino propôs, ainda, que o Brasil cortasse relações comerciais com Israel, em resposta ao genocídio em curso na Faixa de Gaza. Altman, que é militante do PT de primeira hora, saiu de imediato em defesa de Genoino.
"José Genoíno está coberto de razão. O Estado colonial e racista de Israel deve ser submetido a boicote, desinvestimento e sanções, como a África do Sul durante o apartheid", escreveu o jornalista.
Antissemita
Sem se afastar da proposta inicial, Genoino foi novamente a público para afirmar que nunca foi antissemita, e repudia "qualquer tipo de preconceito contra o povo judeu”. Mas reafirmou que se vê na obrigação de denunciar o "genocídio do governo de Israel contra o povo palestino".
A publicação está citada pela Conib, na nova tentativa de calar a ambos. A confederação quer, ainda, que Altman seja impedido de permanecer em suas redes sociais e proibido, sob pena de prisão, de formular críticas públicas a Israel.