Nove das 13 principais atividades do setor de serviços pesquisadas tiveram queda na confiança.
Por Redação, com Agências de Notícias - de Brasília
O Índice de Confiança de Serviços (ICS), medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), recuou 1,1 ponto de julho para agosto deste ano e atingiu 92,3 pontos, em uma escala de zero a 200 pontos. A queda veio depois de duas altas consecutivas.
Segundo os dados da FGV, nove das 13 principais atividades do setor de serviços pesquisadas tiveram queda na confiança. O Índice de Expectativas, que mede a confiança nos próximos meses, recuou 2,3 pontos e atingiu 95,3 pontos.
O Índice da Situação Atual, que mede a confiança no momento presente, ficou estável este mês nos 89,4 pontos. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) do setor de serviços caiu 0,6 ponto percentual, para 81,8%.
Segundo o pesquisador da FGV Rodolpho Tobler, o resultado mostra que os empresários voltaram a ficar cautelosos com os próximos meses, enquanto o volume de serviços no momento continua melhorando lentamente. Para ele, a recuperação do setor deve continuar gradual, sem perspectivas de aceleração no curto prazo.
Segundo o IBGE, os números também caíram em relação a 2014, período anterior à crise, época em que o setor de serviços contava com 1,321 milhão de empresas (-1,1% em relação a 2017), 13,0 milhões de trabalhadores (-5,3%) com remuneração média de 2,4 salários mínimos.
De acordo com a gerente de Análise e Disseminação da Coordenação de Pesquisas Estruturais e Especiais em Empresas do IBGE, Synthia Santana, explica que 2016 foi um ano difícil para a economia. Especificamente em relação ao setor de serviços, ela esclarece que são empresas que atendem outras empresas e famílias.
- O setor de serviços abastece quem já estava em uma situação difícil em 2016. Por isso não consegue se recuperar em 2017. O que houve foi uma falta de demanda pela prestação de serviços - disse.