As partes envolvidas na luta culparam uma a outra pela destruição, informou o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP).
Por Redação, com Reuters - de Genebra
Combatentes atearam fogo em milhares de hectares de trigo e outras plantações no noroeste da Síria em uma campanha que transformou suplementos alimentares em uma “arma de guerra” e forçou milhares de civis a migrar, informou a Organização das Nações Unidas (ONU) nesta terça-feira. Imagens de satélite divulgadas por ativistas na semana passada mostraram campos, pomares e olivais queimando na região onde o Exército sírio apoiado pela Rússia na Síria vem atacando rebeldes em sua última grande fortaleza. As partes envolvidas na luta culparam uma a outra pela destruição, informou o Programa Mundial de Alimentos da ONU (WFP). “O mais recente surto de violência em Idlib e no norte de Hamã deixou dezenas de vítimas, incendiou milhares de hectares de cultivos vitais e forçou ao menos 300 mil pessoas a se retirarem de suas casas”, disse o porta-voz do WFP, Herve Verhoosel. – Cultivos como cevada, trigo e vegetais foram destruídos. A destruição das terras agrícolas e do setor agrícola é inaceitável – afirmou ele em coletiva de imprensa em Genebra. Fazendeiros não conseguiram chegar a seus campos ou cuidar de seus cultivos durante a época da colheita, já que as partes envolvidas na guerra disputavam controle e território, disse Verhoosel. – A coisa mais importante para nós, não é aceitável fazer a população civil de refém mais uma vez, basicamente usar comida, distribuição de comida como arma de guerra – acrescentou. No domingo, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, pediu que a Rússia e forças do governo sírio parassem de bombardear Idlib, após um comunicado do Kremlin na sexta-feira sinalizando que Moscou continuaria a apoiar uma ofensiva do governo da Síria que já dura um mês. O fogo também se alastrou para outras áreas, devido a altas temperaturas, segundo o WFP. No total, menos de 5% da plantação da Síria foi afetada, acrescentou.