A declaração do militar acontece em meio às especulações de que a Força tende a um possível alinhamento ao atual ocupante do Palácio do Planalto, em meio ao período eleitoral. Generais do Alto Comando do Exército e interlocutores militares, no entanto, buscam se afastar do apoio a "uma eventual ruptura democrática”.
Por Redação - de Brasília
Comandante do Exército, o general Marco Antônio Freire Gomes proferiu um discurso enigmático, em solenidade em que estava ao lado do presidente Jair Bolsonaro (PL), nesta quinta-feira. Na sua intervenção durante as comemorações ao Dia do Soldado, Gomes afirmou que “verdades transfiguradas, notícias infundadas e tendenciosas ou narrativas manipuladas” tentam manchar a imagem da instituição. Mas não explicou a quais fato se referia.
— Soldado Brasileiro! Se, em algum momento, verdades transfiguradas, notícias infundadas e tendenciosas ou narrativas manipuladas tentarem manchar nossa honra, na vã esperança de desacreditar a grandeza de nossa nobre missão, lembrem-se de que a calúnia jamais maculou a glória de Caxias. O bravo Guerreiro demonstrou que seu coração de Pacificador era ainda maior que a formidável têmpera de sua espada invencível — afirmou o comandante da tropa.
Bolsonarismo
A declaração do militar acontece em meio às especulações de que a Força tende a um possível alinhamento ao atual ocupante do Palácio do Planalto, em meio ao período eleitoral. Generais do Alto Comando do Exército e interlocutores militares, no entanto, afirmam que “apesar da crise entre os Poderes, as Forças Armadas tentam afastar a imagem de que poderiam apoiar uma eventual ruptura democrática”.
No discurso, o general destacou que o Exército trabalha "sob o sagrado manto da hierarquia e da disciplina" e que a Força é uma "perpétua defensora dos interesses nacionais". Mas citou lemas incorporados pelo bolsonarismo, como a “liberdade”’ e a “soberania”.