Com a implementação do Plano de Trabalho 2025, o instituto se posiciona para o futuro, acompanhando as transformações tecnológicas e ampliando sua capacidade de fornecer informações essenciais para o desenvolvimento do país.
Por Redação Brasília, com Vitória Carvalho
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) lançou, nesta quarta-feira, em Brasília, o Plano de Trabalho (PTA) 2025. O documento define diretrizes estratégicas para o próximo ano, priorizando ações voltadas à Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), à modernização do instituto e à consolidação do Sistema Nacional de Geociências, Estatísticas e Dados (SINGED).

O plano foi elaborado entre agosto e dezembro de 2024, com a colaboração de 22 servidores de diversas áreas do IBGE. Entre os principais eixos temáticos estão a produção de informações estatísticas e geocientíficas, o aprimoramento da pesquisa e ensino, a modernização da infraestrutura corporativa, a inovação tecnológica e a ampliação da disseminação de dados.
Durante o evento de lançamento, especialistas e gestores do IBGE enfatizaram a relevância do planejamento para enfrentar desafios institucionais. Hugo Leonardo Gomides, assistente da Diretoria Executiva, destacou a necessidade de um plano mais eficiente e funcional. “A proposta se baseia em quatro premissas: alinhamento com o horizonte temporal do PTA, centralidade na implementação do SINGED, integração com os planos anuais e redução do escopo para facilitar monitoramento e avaliação”, explicou.

Entre as ações previstas, estão a realização do Censo Agropecuário, Florestal e Aquícola e da Pesquisa de Orçamentos Familiares, reforçando o compromisso do IBGE com a produção de dados fundamentais para formulação de políticas públicas. A agenda inclui ainda a terceira edição dos encontros “Diálogos IBGE 90 Anos” e eventos internacionais, como a presidência do Brasil no Mercosul e a participação no 5º Encontro das Agências de Desenvolvimento Social da América Latina e Caribe, promovido pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD).
O presidente do IBGE, Márcio Pochmann, reforçou a importância desse momento para a instituição. “Estamos vivendo uma fase de reposicionamento do IBGE diante das transformações profundas pelas quais o Brasil passa”, afirmou. Ele também ressaltou o papel dos servidores na construção de um IBGE mais moderno. “Nosso primeiro encontro nacional, em novembro de 2023, permitiu traçar diretrizes para os próximos anos, preparando a instituição para seu 90º aniversário, em 2026”, acrescentou.
Um dos principais objetivos do plano é fortalecer o SINGED, que busca integrar bases de dados e aprimorar a produção de estatísticas oficiais com apoio da inteligência artificial. “Este é um desafio inegável para a produção de estatísticas públicas, que exige novas metodologias, integração tecnológica e avanços no uso de dados”, explicou Pochmann.
O presidente também destacou a importância do diálogo com o governo federal. “A presença do IBGE nas políticas públicas vai além da coleta de dados. Precisamos de uma atuação estratégica para fortalecer o vínculo com Brasília e ampliar nossa contribuição para a formulação de políticas públicas”, frisou.
Em sua fala, Pochmann refletiu sobre o impacto da transformação digital e da velocidade das mudanças tecnológicas no trabalho do IBGE. Ele citou a popularização da comunicação por vídeo e outras inovações que antes pareciam distantes. “O que antes era apenas uma expectativa hoje está incorporado ao nosso cotidiano”, observou. Ele também ressaltou o desafio crescente de lidar com o volume de informações disponíveis e a necessidade de distinguir dados confiáveis de desinformação.
O evento reuniu autoridades, servidores e especialistas da área, reafirmando o compromisso do IBGE com a inovação e a excelência na produção de dados.