Colômbia: repressão policial contra protestos interrompe jogo de futebol
A partida de futebol entre América de Cali e Atlético-MG, disputada na quinta-feira na cidade de Barranquilla, na Colômbia, foi marcada por um grande clima de tensão devido à forte repressão policial contra manifestantes do lado de fora do estádio Romelio Martínez.
A partida de futebol entre América de Cali e Atlético-MG, disputada na quinta-feira na cidade de Barranquilla, na Colômbia, foi marcada por um grande clima de tensão devido à forte repressão policial contra manifestantes do lado de fora do estádio Romelio Martínez.
Por Redação, com Brasil de Fato - de Bogotá
A partida de futebol entre América de Cali e Atlético-MG, disputada na quinta-feira na cidade de Barranquilla, na Colômbia, foi marcada por um grande clima de tensão devido à forte repressão policial contra manifestantes do lado de fora do estádio Romelio Martínez.
Jogadores foram atingidos pelo gás lacrimogêno lançado fora do estádio contra colombianos que protestam há mais de 15 dias contra reformas do governo
O jogo pela fase de grupos da Copa Libertadores da América de 2021 chegou a ser interrompido quatro vezes apenas no primeiro tempo em razão das bombas de gás lacrimogêneo lançadas pela polícia contra os ativistas.
A substância foi trazida pelo vento para dentro da arena e atingiu os jogadores, prejudicando a visão e respiração dos atletas.
Os massivos protestos têm sido registrados há semanas no país e eclodiram, primeiramente, contra a reforma tributária do governo Ivan Duque, que pretendia aumentar em 19% impostos sobre serviços públicos, como gás e energia.
Após greve geral
Após greve geral conflagrada na última semana de abril, o presidente solicitou ao Congresso que retirasse o projeto da pauta mas os atos continuam criticando a reforma fiscal e o chamado “pacotaço” proposto pela gestão, que também inclui mudanças e reformas nas leis do trabalho, na área da saúde e da previdência social.
A partida que rendeu vitória aos brasileiros, por 3 a 1, seria, inicialmente, disputada na cidade de Bucaramanga, mas justamente por conta das manifestações, foi transferida pela Conmebol para Barranquilla.
A mobilização popular denuncia a violência estatal, que vitimou, até o momento, 42 pessoas. Segundo relatório recebido pela Defensoria do Povo, ligado ao Ministério Público da Colômbia, outros 168 ativistas foram dados como desaparecidos ao longo dos últimos 15 dias.