Deserto Particular conta a história de Daniel, um policial exemplar de Curitiba que acaba colocando sua carreira em risco ao cometer um erro. Quando Sara, a mulher com quem mantém uma relação virtual, para de responder suas mensagens, ele decide viajar ao Nordeste para procurá-la.
Por Redação, com Ansa - de Veneza, Itália
O filme Deserto Particular, do cineasta brasileiro Aly Muritiba, foi premiado em uma mostra paralela do Festival de Veneza, que termina neste sábado. Com 62,6% dos votos, o longa faturou o prêmio do público nas Jornadas dos Autores, competição organizada por associações de cineastas italianos e inspirada na Quinzena dos Realizadores de Cannes.
Deserto Particular conta a história de Daniel, um policial exemplar de Curitiba que acaba colocando sua carreira em risco ao cometer um erro. Quando Sara, a mulher com quem mantém uma relação virtual, para de responder suas mensagens, ele decide viajar ao Nordeste para procurá-la.
Em comunicado divulgado após a premiação, Muritiba disse que seu filme é sobre "encontros" e aproveitou para criticar o presidente Jair Bolsonaro. "Desde 2016, com o golpe que tirou do poder uma presidenta democraticamente eleita, minha geração, formada depois da ditadura militar, enfrenta o momento mais dramático de sua existência", escreveu.
Fora Bolsonaro!
Segundo o cineasta, o Brasil mergulhou em uma "espiral de ódio que culminou com a ascensão de um fascista como presidente".
"Depois da eleição de Bolsonaro, todas as minorias passaram a ser sistematicamente perseguidas. Essa época de ódio me motivou quando decidi sobre o que seria meu próximo filme. Faria uma obra sobre encontros. Nesse momento de ódio, resolvi fazer um filme sobre o amor", resumiu na nota.