Rio de Janeiro, 30 de Março de 2025

Cientistas inovam na pesquisa da geração de energia nuclear

Pesquisadores desenvolvem método sem mercúrio para isolar lítio-6, essencial para fusão nuclear, superando obstáculos ambientais e técnicos.

Quinta, 20 de Março de 2025 às 20:55, por: CdB

O método convencional usado para isolar o lítio-6 usa mercúrio líquido e foi proibido nos EUA desde 1963 devido a preocupações com a contaminação.

Por Redação, com Europa Press – de Londres

O lítio-6, essencial para a produção de combustível de fusão nuclear, é um elemento que, para ser isolado do isótopo lítio-7, muito mais comum, geralmente demanda o uso do mercúrio líquido, extremamente tóxico. Agora, no entanto, os pesquisadores desenvolveram um método sem mercúrio para isolar o lítio-6 que é tão eficaz quanto o método convencional. O novo sistema foi apresentado em artigo científico, publicado nesta quinta-feira na revista ‘Cell Press Chem’.

Cientistas inovam na pesquisa da geração de energia nuclear | O atual método de produção do lítio, elemento básico para a fusão nuclear, demanda muito investimento
O atual método de produção do lítio, elemento básico para a fusão nuclear, demanda muito investimento

— Esse é um passo em direção à solução de um grande obstáculo para a energia nuclear. O lítio-6 é um material crucial para o renascimento da energia nuclear, e esse método pode representar uma abordagem viável para a separação de isótopos — disse o químico e principal autor Sarbajit Banerjee, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique e da Universidade Texas A&M, a jornalistas.

O método convencional usado para isolar o lítio-6 usa mercúrio líquido e foi proibido nos EUA desde 1963 devido a preocupações com a contaminação. Desde então, quase todo o lítio-6 usado em pesquisas nos EUA tem sido baseado em um estoque cada vez menor mantido no Oak Ridge National Laboratory, no Tennessee.

 

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Limpeza

Os pesquisadores descobriram o método de isolamento do lítio-6 enquanto desenvolviam membranas para limpar a “água produzida”, ou seja, a água subterrânea que chega à superfície durante a perfuração de petróleo e gás e precisa ser limpa antes de ser bombeada de volta para o subsolo.

— Descobrimos que podíamos extrair o lítio de forma bastante seletiva, já que havia muito mais sal do que lítio presente na água — conclui Banerjee.

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