O método convencional usado para isolar o lítio-6 usa mercúrio líquido e foi proibido nos EUA desde 1963 devido a preocupações com a contaminação.
Por Redação, com Europa Press – de Londres
O lítio-6, essencial para a produção de combustível de fusão nuclear, é um elemento que, para ser isolado do isótopo lítio-7, muito mais comum, geralmente demanda o uso do mercúrio líquido, extremamente tóxico. Agora, no entanto, os pesquisadores desenvolveram um método sem mercúrio para isolar o lítio-6 que é tão eficaz quanto o método convencional. O novo sistema foi apresentado em artigo científico, publicado nesta quinta-feira na revista ‘Cell Press Chem’.

— Esse é um passo em direção à solução de um grande obstáculo para a energia nuclear. O lítio-6 é um material crucial para o renascimento da energia nuclear, e esse método pode representar uma abordagem viável para a separação de isótopos — disse o químico e principal autor Sarbajit Banerjee, do Instituto Federal Suíço de Tecnologia de Zurique e da Universidade Texas A&M, a jornalistas.
O método convencional usado para isolar o lítio-6 usa mercúrio líquido e foi proibido nos EUA desde 1963 devido a preocupações com a contaminação. Desde então, quase todo o lítio-6 usado em pesquisas nos EUA tem sido baseado em um estoque cada vez menor mantido no Oak Ridge National Laboratory, no Tennessee.
Limpeza
Os pesquisadores descobriram o método de isolamento do lítio-6 enquanto desenvolviam membranas para limpar a “água produzida”, ou seja, a água subterrânea que chega à superfície durante a perfuração de petróleo e gás e precisa ser limpa antes de ser bombeada de volta para o subsolo.
— Descobrimos que podíamos extrair o lítio de forma bastante seletiva, já que havia muito mais sal do que lítio presente na água — conclui Banerjee.