Os pesquisadores acreditam que um possível evento de microlente gravitacional que eles observaram em 2011 foi causado por um buraco negro vagante no espaço interestelar. Na época, os astrofísicos notaram uma estrela que parecia estar ficando mais brilhante sem nenhuma razão aparente.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
Uma vez que os buracos negros são difíceis de detectar, os cientistas usam o chamado efeito de lente gravitacional, ou seja, a mudança de brilho que acontece quando a luz é distorcida pela gravidade de um objeto massivo.
Ainda assim, tendo em conta as enormes distâncias, esse efeito é insignificante, tornando quase impossível detectá-los mesmo com os melhores telescópios modernos.
No entanto, as imagens do telescópio espacial Hubble ajudaram os astrofísicos a descobrir um buraco negro errante, um tipo de buraco negro supermassivo que vagueia no espaço longe do centro de sua galáxia, aponta o estudo publicado na revista Astrophysical Journal.
Por enquanto, esta é a primeira descoberta inequívoca desta espécie de objetos espaciais na Via Láctea, avança Phys.org.
Os pesquisadores acreditam que um possível evento de microlente gravitacional que eles observaram em 2011 foi causado por um buraco negro vagante no espaço interestelar. Na época, os astrofísicos notaram uma estrela que parecia estar ficando mais brilhante sem nenhuma razão aparente.
Os cientistas começaram a analisar os dados do Hubble. Durante seis anos, ele observavam uma mudança de luz, esperando que fosse devido ao crescimento do buraco negro.
Objeto invisível
Mais tarde, eles descobriram outra coisa: a posição da estrela parecia estar mudando. Os pesquisadores sugerem que a mudança só poderia ser devida a um objeto invisível em movimento, exercendo força e atraindo a luz. Esse objeto seria um buraco negro "móvel" passando perto da estrela.
Os astrônomos continuaram estudando a estrela e chegaram à conclusão que se tratava de um buraco negro errante que estava influenciando a luz da estrela.
No geral, as evidências são fortes o suficiente para apoiar a existência de buracos negros errantes.
Os cientistas foram capazes de medir o seu tamanho, que é aproximadamente de sete massas solares. Além disso, eles estabeleceram que o buraco negro está se movimentando a uma velocidade de cerca de 45 km por segundo.