Técnicos enviados ao local constataram rachadura nas laterais e transbordamento da barragem construída no rio do Peixe, que inundou na manhã de quinta-feira o município e deixou cerca de 500 pessoas desalojadas.
Por Redação, com RBA - de Pedro Alexandre, BA
O governo da Bahia encaminhou, neste sábado, equipamentos e bombeiros para auxiliar na atenção às localidades atingidas pelo rompimento da barragem do Quati, em Pedro Alexandre, no nordeste do Estado, próximo à divisa com Sergipe. A barragem era utilizada para pesca, abrigava água salobra e foi construída pelo governo do Estado.
Técnicos enviados ao local constataram rachadura nas laterais e transbordamento da barragem construída no rio do Peixe, que inundou na manhã de quinta-feira o município e deixou cerca de 500 pessoas desalojadas. A água atingiu também o município de Coronel João Sá, a 33 quilômetros de Pedro Alexandre.
Não há registro de pessoas feridas ou desaparecidas.
Barragens
Por meio da assessoria de imprensa, o governo negou, porém, que a causa tenha sido a pressão da água. E informou ainda que serão feitas inspeções para avaliar os danos na estrutura e a situação de outras barragens na região.
O Movimento dos Atingidos por Barragem divulgou nota, em que destaca a insegurança das populações atingidas, a falta de acesso a informações sobre a situação das estruturas e de fiscalização. Para o movimento, a falta de monitoramento torna as barragens brasileiras como “bombas-relógios”. E lembra que a estrutura que se rompeu na Bahia não estava listada entre as que oferecem risco, “assim como as barragens de Minas Gerais que mataram tantas pessoas e destruíram dois rios, o Doce e o Paraopeba”.
O MAB reivindica a construção de planos de segurança locais capazes de evitar tragédias em casos de rompimentos. “No estado da Bahia já foi solicitado pelo MAB uma Política Estadual de garantia de direitos das populações atingidas, até o momento sem avanços significativos. Entendemos também a importância da efetivação da Política Nacional de Direitos dos Atingidos (PNAB), aprovada recentemente na Câmara e que segue para debate no Senado”, afirma a nota do movimento.