Rio de Janeiro, 22 de Dezembro de 2024

China sinaliza retomada de aprovações de videogames

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Segunda, 24 de Dezembro de 2018 às 09:42, por: CdB

A China parou de aprovar novos títulos a partir de março em meio a uma reestruturação regulatória, desencadeada pelas crescentes críticas aos videogames por serem violentos e causarem miopia, além do vício entre os jovens usuários.

Por Redação, com Reuters - de Pequim

As ações da Tencent Holdings subiram na última sexta-feira depois que uma autoridade reguladora chinesa disse que alguns novos videogames foram liberados para a venda, encerrando um longo congelamento nas aprovações que assustou os maiores atores no maior mercado de jogos digitais do mundo.
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Criança joga "Honour of Kings", da Tencent, em Dezhou, China
Feng Shixin, um alto funcionário do Departamento de Propaganda do Partido Comunista, afirmou em um discurso durante conferência de videogames na cidade de Haikou, que um primeiro lote de aprovações para jogos foi finalizado. A China parou de aprovar novos títulos a partir de março em meio a uma reestruturação regulatória, desencadeada pelas crescentes críticas aos videogames por serem violentos e causarem miopia, além do vício entre os jovens usuários. No início deste mês, a mídia estatal informou que os reguladores chineses montaram um comitê de ética em jogos eletrônicos online, aumentando as esperanças de que o governo estivesse se preparando para retomar as aprovações. As declarações de Feng impulsionaram as ações da Tencent que fecharam em alta de 4,5 %, depois que o congelamento das aprovações derrubou os papéis da empresa em mais de 20 % em 2018 e tirou bilhões de dólares em seu valor de mercado.

Foxconn construirá fábrica de chips

A taiwanesa Foxconn, que monta os iPhones da Apple, está na fase final de negociações com o governo local da cidade chinesa de Zhuhai para construir uma fábrica de chips com um investimento total de cerca de US$ 9 bilhões, disse o jornal Nikkei na sexta-feira. A maior parte do investimento seria custeada pelo governo de Zhuhai por meio de subsídios e benefícios fiscais, informou o Nikkei, citando pessoas familiarizadas com o assunto. A Foxconn planeja construir a fábrica de ponta em meio à disputa comercial entre Estados Unidos e China, que inclui preocupações com a expansão da produção chinesa de microchips. A empresa deve formar uma joint venture para o projeto com o grupo japonês de eletrônicos Sharp, que adquiriu em 2016, e o governo de Zhuhai, destacou o Nikkei, citando uma fonte da indústria. A Sharp é a única subsidiária da Foxconn com experiência em fabricação de chips. No entanto, a empresa japonesa parou de desenvolver a tecnologia de semicondutores quando enfrentou problemas financeiros em 2010. Uma fonte próxima ao assunto disse à Reuters que a Sharp não está envolvida nas negociações. A Foxconn planeja iniciar a construção já em 2020, segundo o Nikkei. Mesmo interessada no negócio de chips, muitos na indústria duvidam que a empresa tenha recursos para entrar neste mercado, devido aos altos gastos de capital necessários. Representantes da Foxconn não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.
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