A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, participou do Diálogo Brasil-China sobre Agricultura Sustentável, promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-China na capital paulista, durante todo o dia anterior, que teve a participação do ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian.
Por Redação - de São Paulo
O discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) contra a preservação da Floresta Amazônica e favorável às atividades que promovem a devastação de biomas, por todo o país, será penalizado pela China. Segundo a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, o principal parceiro comercial do Brasil entrou na agenda ambiental positiva "há pouco tempo e para valer”.
De acordo com a ministra, este fato terá reflexos no agronegócio brasileiro.
— O assunto (meio ambiente) não era um tema do nosso cotidiano. Mas fiquei muito bem impressionada com o discurso do novo ministro da Agricultura da China — afirmou Tereza Cristina, em entrevista exclusiva ao diário conservador paulistano O Estado de S. Paulo (OESP), nesta sexta-feira.
‘Muito positivo’
Na véspera, a ministra participou do Diálogo Brasil-China sobre Agricultura Sustentável, promovido pelo Conselho Empresarial Brasil-China, que teve a participação do ministro da Agricultura e Assuntos Rurais da China, Tang Renjian. Na ocasião, ele afirmou que o governo chinês acredita haver enorme potencial para explorar a agricultura sustentável.
— Queremos injetar um novo ímpeto no Brasil para alcançar a agricultura mais sustentável. O Brasil é o primeiro país a criar parceria estratégica com a China para desenvolvimento sustentável e maior parceiro no comércio de produtos agrícolas — disse a autoridade chinesa.
Tereza Cristina, por sua vez, afirmou ter ficado claro que o ministro chinês quer conhecer mais o que está sendo feito no agronegócio brasileiro em termos de sustentabilidade e "como funciona a agricultura sustentável praticada aqui". Ela acrescentou ser "muito positivo" o interesse do gigante asiático e que, "de repente, se começa uma mudança aqui (em direção a uma maior sustentabilidade) por outro continente”.
— Eles (os chineses) têm muito a mitigar e nós temos muito a oferecer — concluiu.