Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

China espera que os EUA criem condições para negociações

Arquivado em:
Terça, 27 de Agosto de 2019 às 10:31, por: CdB

O comentário veio depois que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que houve contato entre os dois lados, mas se recusou a dizer com quem.

Por Redação, com Reuters - de Pequim O Ministério das Relações Exteriores da China reiterou nesta terça-feira que não tem conhecimento de nenhuma ligação telefônica recente entre os Estados Unidos e a China sobre comércio, e disse esperar que Washington possa interromper suas ações equivocadas e criar condições para negociações.
china-2.jpg
A China espera disse que Washington possa interromper suas ações equivocadas e criar condições para negociações
O porta-voz do ministério, Geng Shuang, fez o comentário em uma entrevista coletiva, depois que o secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, disse que houve contato entre os dois lados, mas se recusou a dizer com quem. O presidente dos EUA, Donald Trump, previu na segunda-feira um acordo comercial com a China, citando o que ele descreveu como crescente pressão econômica sobre Pequim e perda de empregos na China. Medidas para aumentar consumo A China divulgou medidas nesta terça-feira para ajudar a aumentar o consumo, incluindo a possível remoção de restrições às compras de automóveis, à medida que o crescimento da segunda maior economia do mundo vacila em meio à crescente pressão comercial dos Estados Unidos. O Conselho de Estado chinês disse em comunicado que os governos locais que têm restrições à venda de automóveis devem explorar gradualmente o relaxamento ou a remoção dessas restrições, além de incentivar a compra de veículos movidos a energia renovável. As ações europeias de automóveis subiram com a notícia de que Pequim estava procurando diminuir as restrições de compra de veículos. A economia da China tropeçou mais do que o esperado no início do terceiro trimestre, com a disputa comercial contra os Estados Unidos afetando mais as empresas e os consumidores. O crescimento econômico do segundo trimestre desacelerou para uma mínima de quase 30 anos. O setor automobilístico, um pilar do crescimento industrial, foi vítima de uma queda na demanda, com as vendas totais de carros em queda pelo 13º mês consecutivo em julho. Analistas esperam mais medidas de apoio econômico nos próximos meses, incluindo para aumentar o consumo doméstico. O gabinete chinês acrescentou que essa medida incentivará shoppings, estádios e zonas antigas de fábricas decadentes a se transformarem em complexos comerciais, academias e centros de entretenimento, e colaboraria para a renovação das ruas comerciais de pedestres em todo o país. O gabinete acrescentou que Pequim estenderá o horário do varejo para promover “a economia noturna”, com lojas de conveniência e restaurantes abertos por mais tempo. Índices em alta Os índices acionários da China avançaram nesta terça-feira, impulsionados por lucros industriais favoráveis em julho, enquanto o possível alívio na tensão comercial com os Estados Unidos ajudou o sentimento. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, subiu 1,36%, enquanto o índice de Xangai teve alta de 1,35%. Os lucros das empresas industriais da China voltaram a crescer em julho, ajudados por melhoras nos setores petroquímico e automobilístico, mas a desaceleração econômica e a disputa comercial devem pesar sobre as perspectivas.
Edições digital e impressa
 
 

Utilizamos cookies e outras tecnologias. Ao continuar navegando você concorda com nossa política de privacidade.

Concordo