Rio de Janeiro, 05 de Dezembro de 2025

Cerca de 45 mil pessoas precisam de ajuda humanitária em Moçambique, diz Unicef

De acordo com dados das autoridades locais e do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), ao menos 20 pessoas morreram, embora relatos da população nas zonas afetadas indique número de vítimas ainda maior.

Sexta, 28 de Janeiro de 2022 às 07:33, por: CdB

 

De acordo com dados das autoridades locais e do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), ao menos 20 pessoas morreram, embora relatos da população nas zonas afetadas indique número de vítimas ainda maior.

Por Redação, com ABr - do Rio de Maputo

O Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) estima que mais de 45 mil pessoas, incluindo 23 mil mulheres e crianças, precisem de assistência humanitária" em Moçambique, depois da passagem da tempestade Ana, desde segunda-feira.
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Entre atingidos pela tempestade Ana estão 23 mil mulheres e crianças
A população afetada vive nas províncias mais povoadas do país, ou seja, Nampula e Zambézia, e ainda em Tete, Niassa, Sofala e Manica, todas no norte e no centro. De acordo com dados das autoridades locais e do Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD), ao menos 20 pessoas morreram, embora relatos da população nas zonas afetadas indique número de vítimas ainda maior. Citando dados do INGD, a agência da ONU informou, em comunicado, que a tempestade "danificou quase 10,5 mil casas, bem como pontes, linhas elétricas, escolas, sistemas de água e instalações de saúde". Balanço preliminar da Proteção Civil diz que foram atingidas 12 instalações de saúde e 346 salas de aula (137 escolas), "deixando 27,38 mil alunos sem lugar para aprender, antes do novo ano letivo, que tem início previsto para a próxima segunda-feira".

Pontes metálicas provisórias

O governo anunciou que vai colocar pontes metálicas provisórias, para que seja retomada a circulação em duas importantes vias rodoviárias: sobre o rio Revuboé, na província de Tete, e sobre o rio Licungo, na Zambézia. Entretanto, apesar de a tempestade Ana já ter passado, a Proteção Civil diz que risco de inundações persiste na província de Sofala, porque as chuvas continuam a alimentar bacias hidrográficas que ficaram acima dos níveis de alerta nos últimos dias. "O Unicef estima que precisará de US$ 3,5 milhões para responder às necessidades imediatas das populações afetadas", e acrescenta que está utilizando recursos internos. Moçambique enfrenta época ciclônica sazonal, e a tempestade tropical Ana foi a primeira e única até agora a atingir o país.
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