Para o CEO do Instagram, os acréscimos em receitas e engajamento que estes conteúdos trazem simplesmente não valem a pena, já que colocariam o Threads sob escrutínio, além de gerar negatividade e riscos à integridade.
Por Redação, com Tecnoblog - de São Francisco
O Twitter ficou famoso por ser uma rede ágil, o que atraiu jornalistas, políticos e demais interessados em debater. O Threads, resposta da Meta à rede, vai seguir por outro caminho. De acordo com Adam Mosseri, CEO do Instagram, a nova plataforma não incentivará esse tipo de publicação.
O executivo afirmou que conteúdos políticos e jornalísticos inevitavelmente vão aparecer no Threads, mas a empresa não fará nada para encorajar isso.
Para o CEO do Instagram, os acréscimos em receitas e engajamento que estes conteúdos trazem simplesmente não valem a pena, já que colocariam o Threads sob escrutínio, além de gerar negatividade e riscos à integridade.
A questão do escrutínio não é nova para a empresa. No Canadá, por exemplo, o Facebook e o Instagram não vão mais exibir notícias, já que uma nova legislação do país pretende obrigar as empresas de tecnologia a pagar por este tipo de conteúdo.
Além disso, o Facebook já esteve sob suspeita de ser tendencioso na hora de exibir notícias no feed dos usuários. A rede também foi considerada uma das responsáveis por um genocídio em Myanmar.
Threads não vai substituir Twitter, diz Mosseri
A maior referência entre as redes de texto é o Twitter, que se consolidou como fonte de notícias desde o início, além de ferramenta para políticos e movimentos sociais.
Mosseri, porém, tem outra visão para a nova plataforma da Meta. Para ele, o objetivo do Threads não é substituir o Twitter, e sim criar uma "praça pública" para as comunidades do Instagram que nunca aderiram à rede concorrente, ou para as comunidades de lá que querem um lugar mais calmo.
Este tipo de abordagem já foi aplicado pela Meta em outros de seus produtos. Desde 2021, a empresa vem testando uma redução no conteúdo político no Facebook.
Segundo a empresa, o algoritmo deixou de classificar os conteúdos apenas pelo engajamento, o que favorece posts polêmicos ou controversos, e passou a dar um peso maior para outras características, levando em consideração o que é informativo ou tem significado especial para os usuários.