Os principais temas a serem discutidos no fórum incluem “transição justa” e “Inteligência Artificial (IA)”, com a possibilidade de ampliação dos tópicos caso haja consenso entre os participantes.
Por Redação – de Brasília
O Fórum das Centrais Sindicais, reunido nesta quinta-feira, decidiu realizar o Fórum do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) Sindical nos dias 22 e 23 de abril de 2025, na Capital Federal, segundo informe da Central do Trabalhadores do Brasil (CTB). A coordenação do encontro ficará a cargo da UGT, que assumirá a liderança por rodízio entre as centrais sindicais brasileiras no ano que vem.

Os principais temas a serem discutidos no fórum incluem “transição justa” e “Inteligência Artificial (IA)”, com a possibilidade de ampliação dos tópicos caso haja consenso entre os participantes. O regulamento estabelece que cada central sindical poderá enviar até dois representantes para o encontro. A expectativa é que este seja o maior fórum até agora, especialmente devido à adesão de novos países ao BRICS. A decisão foi transmitida à atual representante do Ministério dos Negócios Estrangeiros russo, Maria Zakharova, que mantém a coordenação do BRICS até o último dia deste mês.
COP-30
No dia seguinte, o Brasil assumirá a presidência do grupo, marcando a quarta vez que o país sediará a reunião de cúpula do bloco. Durante sua Presidência, o Brasil buscará fortalecer o entendimento entre os países membros e promover a discussão de temas globais, como mudanças climáticas, desenvolvimento sustentável e a governança da inteligência artificial.
De acordo com canais diplomáticos, o embaixador Eduardo Saboia, sherpa do Brics em 2025, ressaltou a importância do grupo, que representa mais de 40% da população mundial e 37% do PIB global. Ele destacou o papel do bloco na construção de um mundo mais sustentável.
O governo brasileiro pretende, ainda, utilizar a presidência do BRICS para avançar na questão climática, especialmente com a realização da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP-30) em Belém, no mesmo ano. Saboia apontou, por fim, que os países do BRICS desempenham um papel central na questão da energia, a principal fonte de emissões de gases de efeito estufa, e que a cooperação entre as nações pode ajudar a enfrentar essa crise.