O Ibovespa recuava 0,50%, aos 106.007 pontos, às 10h26 e o dólar à vista operava estável, a R$ 5,14. Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2027 subia quatro pontos base, a 12,81%. A sessão era de queda para a blue chip Vale, que recuava cerca de 1,3%.
Por Redação, com Bloomberg - de São Paulo
O sentimento de cautela voltava a tomar conta dos mercados nesta quinta-feira, com os investidores avaliando a probabilidade de taxas de juros mais altas e uma recessão iminente nos Estados Unidos. Os investidores digeriam as falas do presidente do Federal Reserve (Fed, o Banco Central norte-americano), Jerome Powell, de que nenhuma decisão foi tomada sobre o ritmo do próximo movimento no aperto monetário e de que as taxas podem subir mais do que o previsto, caso os dados econômicos justifiquem.
O Ibovespa recuava 0,50%, aos 106.007 pontos, às 10h26 e o dólar à vista operava estável, a R$ 5,14. Entre os contratos de juros futuros, o DI para 2027 subia quatro pontos base, a 12,81%. A sessão era de queda para a blue chip Vale, que recuava cerca de 1,3%, enquanto Petrobras subia até 0,55%, caso das ações preferenciais.
Na agenda do dia, os investidores monitoram os pedidos de seguro-desemprego nos Estados Unidos e aguardam o relatório sobre o mercado de trabalho de amanhã para tentar estimar qual será o rumo dos juros na próxima reunião do Fomc, em 22 de março.
Arcabouço
Enquanto isso, no Brasil, destaque para a conversa entre o ministro da Fazenda Fernando Haddad e a ministra do Planejamento e Orçamento Simone Tebet sobre o novo arcabouço fiscal, com os analistas financeiros em busca de sinais sobre a próxima âncora fiscal do país. Na semana passada, Haddad disse que é provável que a proposta seja divulgada antes da próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), que acontece no próximo dia 22.
Nos EUA, os índices futuros tinham queda: o Dow Jones caía 0,14%, o S&P 500, 0,33%, enquanto o Nasdaq 100, com grande exposição ao setor de tecnologia e mais sensível aos juros, caía 0,56%
Mimos de luxo
Em paralelo aos papéis das principais empresas, em nível mundial, os preços dos relógios Rolex, Patek Philippe e Audemars Piguet valorizaram em média 20% ao ano desde meados de 2018, superando o índice S&P 500, à medida que os valores dos relógios de luxo usados dispararam.
O índice de ações S&P 500 obteve retornos anuais médios de 8% de agosto de 2018 a janeiro de 2023, enquanto os preços de modelos de relógios usados das principais marcas suíças cresceram mais do que o dobro. Os dados são de um novo relatório do Boston Consulting Group e da WatchBox.
O aumento aconteceu mesmo com os preços de alguns modelos usados, incluindo Rolex Daytonas, Patek Nautilus e AP Royal Oaks, terem caído em até um terço desde o pico do mercado no primeiro trimestre de 2022.
Os preços de uma cesta dos chamados relógios de marcas independentes, incluindo FP Journe, H. Moser & Cie e De Bethune – um pequeno produtor suíço que é de propriedade majoritária da WatchBox – entregaram retorno de 15% no mesmo período. O relatório aponta relógios de luxo, entre eles da marca Breitling, como uma classe de ativos alternativa para ações, títulos, arte e vinho.