Rio de Janeiro, 22 de Novembro de 2024

Cardeal de Jerusalém condena Hamas e ataques de Israel

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Terça, 24 de Outubro de 2023 às 15:28, por: CdB

O posicionamento chega após o governo israelense ter cobrado do Vaticano uma condenação "clara e inequívoca" dos atos cometidos pelo Hamas em 7 de outubro, que deixaram mais de 1,4 mil mortos, em sua maioria civis.


Por Redação, com ANSA - de Jerusalém


O patriarca latino de Jerusalém, Pierbattista Pizzaballa, publicou nesta terça-feira uma carta em que afirma que a Igreja Católica condena tanto os atentados terroristas do Hamas quanto os disparos de mísseis por Israel contra a Faixa de Gaza.




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Pierbattista Pizzaballa é o patriarca latino de Jerusalém

O posicionamento chega após o governo israelense ter cobrado do Vaticano uma condenação "clara e inequívoca" dos atos cometidos pelo Hamas em 7 de outubro, que deixaram mais de 1,4 mil mortos, em sua maioria civis.


– A consciência e o dever moral me obrigam a afirmar com clareza que aquilo que aconteceu em 7 de outubro, no sul de Israel, não é admissível e não podemos não condená-lo. Não há razões para uma atrocidade do gênero – escreveu Pizzaballa, que chefia a arquidiocese católica com jurisdição na Palestina e em Israel.


– A mesma consciência, no entanto, com um grande peso no coração, me leva hoje a afirmar com igual clareza que esse novo ciclo de violência causou mais de 5 mil mortes em Gaza, incluindo muitas mulheres e crianças, dezenas de milhares de feridos, bairros dizimados, e falta de medicamentos, água e bens de primeira necessidade para mais de 2 milhões de pessoas – acrescentou.



Bombardeios


Segundo Pizzaballa, os "contínuos bombardeios que martelam Gaza há dias provocarão apenas morte e destruição e aumentarão o ódio e o rancor".


– É hora de parar essa guerra, essa violência insensata – declarou o cardeal, que na semana passada chegou a se oferecer como refém do Hamas no lugar de crianças.


O patriarca ainda cobrou o fim de "décadas de ocupação" israelense nos territórios palestinos para permitir o início de um "processo de paz sério". "Se o problema não for resolvido na raiz, jamais haverá a estabilidade que desejamos", declarou.




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