“O presidente Bolsonaro está preocupado com sua reeleição, os caminhoneiros e o povo brasileiro estão preocupados em colocar comida na mesa de suas famílias, não vemos luz no fim do túnel. O país vai parar!!”, afirma o documento, assinado pelo presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como ‘Chorão’.
Por Redação - de São Paulo
Os caminhoneiros voltaram a avisar ao governo do presidente Jair Bolsonaro (PL) que a categoria não está satisfeita com as soluções apresentadas, até agora, para a redução no preço do óleo diesel. Uma proposta de Bolsonaro para compensar os Estados e zerar impostos sobre os combustíveis não foi bem recebida pela classe de trabalhadores.
A Associação brasileira de Condutores de Veículos Automotores (Abrava) divulgou nota, nesta manhã, em que critica a mudança. A organização diz que que o governo tenta resolver um problema “complexo” com uma “solução tabajara”.
“O presidente Bolsonaro está preocupado com sua reeleição, os caminhoneiros e o povo brasileiro estão preocupados em colocar comida na mesa de suas famílias, não vemos luz no fim do túnel. O país vai parar!!”, afirma o documento, assinado pelo presidente da Abrava, Wallace Landim, conhecido como ‘Chorão’.
Situação
Na greve de 2018, ‘Chorão’ foi um dos líderes autônomos, ligados ao bolsonarismo. Neste ano, ele voltou a levantar a possibilidade de uma nova movimentação, impulsionada pelo aumento constante do diesel. Tentando contornar a situação, Bolsonaro prometeu compensar os Estados para zerar os impostos que incidem sobre diesel e gás até dezembro de 2022.
O governo também fala em zerar PIS/Cofins e Cide sobre a gasolina e o álcool. Para ‘Chorão’, retirar a arrecadação do ICMS dos Estados é como “tomar dinheiro do vizinho para pagar uma conta da minha casa”. O líder diz que foi irresponsabilidade que levou o país a esta situação.
— Os preços dos combustíveis vão continuar subindo, o problema não está sendo enfrentado, esse movimento é só um paliativo para aumentar o diesel novamente — afirmou.
Faltar diesel
Segundo a associação, a isenção de Pis/Cofins e Cide anunciada pelo governo representa 6% na composição do preço do diesel e isso não teria o impacto necessário.
“Os preços dos combustíveis vão continuar subindo, o problema não está sendo enfrentado, esse movimento é só um paliativo para aumentar o diesel novamente, se não aumentar o preço, vai faltar diesel nos postos”, resume a nota.