A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o líder do Brasil, Luiz Inacio Lula da Silva (PT), planejam se encontrar à margem da cúpula climática COP28 das Nações Unidas em Dubai para fazer um último impulso político para o acordo, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
Por Redação, com Reuters - de Bruxelas
A União Europeia e as maiores economias da América do Sul estão mais perto de concluir um importante acordo comercial que está sendo negociado há mais de duas décadas, com líderes de ambas as regiões otimistas de que possam fechar o acordo elusivo na próxima semana.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e o líder do Brasil, Luiz Inacio Lula da Silva (PT), planejam se encontrar à margem da cúpula climática COP28 das Nações Unidas em Dubai para fazer um último impulso político para o acordo, disseram fontes familiarizadas com o assunto.
A reunião, que pode ocorrer no sábado, acontecerá em meio a avanços significativos nas negociações técnicas entre os dois lados, que os aproximaram de superar as diferenças ambientais que atrapalharam uma versão anterior nas últimas etapas, segundo as pessoas que pediram anonimato por não estarem autorizadas a falar publicamente.
Tecnologias
O acordo entre a UE e o Mercosul - uma união aduaneira composta por Argentina, Brasil, Uruguai e Paraguai - criaria um mercado integrado de 780 milhões de consumidores, tornando-se o maior acordo da história do bloco europeu e um dos maiores pactos de livre comércio do mundo.
Isso economizaria cerca de €4 bilhões (US$4,4 bilhões) em tarifas de importação para exportadores europeus, ao mesmo tempo que oferece conexões com fornecedores de materiais críticos para o desenvolvimento de tecnologias verdes e digitais.
Para a América do Sul, promete um impulso às indústrias em busca de acesso expandido aos mercados europeus e a um setor agrícola que já impulsiona o status da região como um dos principais exportadores de carne bovina, soja, café e outros produtos.