Rio de Janeiro, 21 de Novembro de 2024

Brasil perde a chance de estabelecer recorde no futebol olímpico

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Sexta, 23 de Fevereiro de 2024 às 11:09, por: Paulo Roberto

A Olimpíada de Paris promete recorde de público e grande movimentação nas casas de apostas brasileiras. No entanto, para a surpresa de muitos torcedores, o futebol masculino do Brasil não estará na disputa.

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Imagem meramente ilustrativa


A seleção, afinal, não conseguiu assegurar uma das duas vagas no Pré-Olímpico da Venezuela, que ficaram com Argentina e Paraguai.

Dessa forma, o Brasil perdeu a chance de tentar se tornar o único país tricampeão olímpico consecutivo no futebol maculino. Além disso, se ganhasse sua terceira medalha de ouro, o país se igualaria em número de conquistas à Hungria e à Inglaterra.

O futebol brasileiro, curiosamente, vinha vivendo seu melhor momento na história das Olimpíadas. O Brasil foi finalista nas três últimas edições, tendo conquistado duas medalhas de ouro, algo que o país perseguia há muito tempo sem êxito.

Sem alguns de seus principais jogadores, porém, como Rodrygo ou Gabriel Martinelli, a seleção, que tinha em Endrick seu principal nome, não conseguiu ter sucesso na missão.

Isso, é claro, não chega a ser surpreendente. O futebol olímpico é bastante afeito a zebras, afinal, as seleções são formadas por jogadores jovens, muitos dos quais ainda estão em formação.

Vale lembrar que, em 2004, o Brasil também fracassou no Pré-Olímpico. E, na ocasião, mesmo sem algumas de suas principais estrelas, a seleção era muito mais forte do que a atual.

Jogadores como Diego, Robinho, Nilmar, Dagoberto, Alex (zagueiro), Daniel Carvalho e Elano estavam no elenco. Mas, assim como aconteceu em 2024, o Brasil ficou pelo caminho e viu a Argentina e o Paraguai carimbarem o passaporte.

Fracasso pode ampliar crise na seleção


Apesar de, historicamente, os resultados olímpicos nunca terem grande influência sobre a seleção principal, o cenário atual pode ser um pouco diferente.

Isso porque o futebol brasileiro vive uma crise profunda há pelo menos duas décadas, com escassez de craques e resultados decepcionantes na Copa do Mundo.

Assim, o recente fracasso no Pré-Olímpico somado à preocupante colocação do Brasil nas Eliminatórias Sul-Americanas pode se transformar em um problema difícil de ser administrado se Dorival Júnior não obtiver bons resultados logo nos primeiros jogos.

O treinador, portanto, terá uma difícil missão pela frente. Mas ele vem mostrando ao longo de sua carreira que é capaz de surpreender os críticos. Em seu auge profissional, Dorival Júnior será o encarregado de resgatar o prestígio da seleção brasileira, que outrora era temida e admirada pelos adversários.

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