Ainda assim, em dois vídeos disseminados pelas redes sociais, Machado Neto afirma que Bolsonaro já havia gastado metade dos R$ 17 milhões arrecadados em uma coleta pela internet, chamada ‘vaquinha’, no ano passado.
Por Redação – de Brasília
Por ordem do ex-mandatário neofascista Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro do Turismo e Cultura e hoje um preposto na tesouraria do líder da extrema direita, Gilson Machado Neto iniciou, nesta segunda-feira em suas redes sociais, uma campanha para arrecadar mais fundos a serem destinados ao pagamento de advogados e despesas hospitalares. Na realidade, Bolsonaro já recebe do Estado brasileiro cerca de R$ 30 mil mensais, mais regalias; além de recursos providenciados pelo Fundo Partidário da legenda que o abriga.

Ainda assim, em dois vídeos disseminados pelas redes sociais, Machado Neto afirma que Bolsonaro já havia gastado metade dos R$ 17 milhões arrecadados em uma coleta pela internet, chamada ‘vaquinha’, no ano passado.
“Eu quero dizer que o presidente recebeu na outra campanha R$ 17 milhões, mas já gastou em um ano, R$ 8 milhões, já começou a desidratar, é por isso a nossa preocupação, a gente vai deixar o presidente desidratar?”, pergunta o ex-ministro aos colaboradores.
De olho
Machado alega que o dinheiro doado por apoiadores do ex-presidente tem o objetivo de cobrir compras de passagens, despesas hospitalares e jurídicas, como o pagamento de advogados. Segundo o ex-ministro, os gastos também estão direcionados ao deputado Eduardo Bolsonaro (PL), que pediu licença da Câmara para morar nos Estados Unidos (EUA), após a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de tomar seu passaporte, em março deste ano.
“Aumentou a despesa dele (Bolsonaro), principalmente porque ele está tendo Eduardo Bolsonaro lá nos EUA, que ele está ajudando também, que não é barato morar nos EUA”, diz o pedinte.
Desde a última ‘vaquinha’, Bolsonaro levantou suspeitas de lavagem de dinheiro ao apurar uma pequena fortuna, via internet. O método para arrecadar grandes somas de dinheiro, por meio de supostas doações, tem sido alvo de investigação por parte da Polícia Federal (PF). O ex-mandatário é réu junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) por suspeita de liderar o golpe de Estado fracassado no 8 de Janeiro.
Redes sociais
Bolsonaro, contudo, conta com o apoio das redes sociais norte-americanas para se manter junto à opinião pública. Em contrapartida, o PL, legenda que ele lidera, sediará no fim deste mês mais um encontro de comunicação voltado à direita, com a participação das plataformas Google e Meta — dona do Facebook, Instagram e WhatsApp — e a presença do ex-presidente e de outros quadros da legenda.
O ‘Seminário Nacional de Comunicação do Partido Liberal’, que chega à sua segunda edição, acontece em 30 de maio, em Fortaleza. Apesar de o Ceará ser reduto do PT de Lula, o PL quase venceu as últimas eleições na capital cearense: o deputado André Fernandes (PL) teve 49,62% dos votos contra 50,38% do atual prefeito Evandro Leitão (PT).
Segundo a direção do PL, o encontro reunirá profissionais, big techs e estrategistas para discutir o fortalecimento da “comunicação política de direita”.