Bolívia, Colômbia, Equador e Peru criticam decisão favorável à Amazon sobre domínio de Internet
A Amazon busca os direitos exclusivos do nome de domínio .amazon desde 2012. Os países da bacia amazônica, no entanto, argumentam que o termo se refere à região geográfica e não deve ser o monopólio de uma empresa.
A Amazon busca os direitos exclusivos do nome de domínio .amazon desde 2012. Os países da bacia amazônica, no entanto, argumentam que o termo se refere à região geográfica e não deve ser o monopólio de uma empresa.
Por Redação, com Reuters - de Lima/Hong Kong
Os presidentes do Peru, Colômbia, Equador e Bolívia criticaram uma recente decisão da organização que administra o protocolo da internet de conceder à varejista global Amazon os direitos sobre o domínio de internet .amazon.
Caixas da Amazon prontas para entrega
A Amazon busca os direitos exclusivos do nome de domínio .amazon desde 2012. Os países da bacia amazônica, no entanto, argumentam que o termo se refere à região geográfica e não deve ser o monopólio de uma empresa.
Os quatro líderes, o peruano Martín Vizcarra, o colombiano Iván Duque, o equatoriano Lenin Moreno e o boliviano Evo Morales, prometeram unir forças para proteger seus países do que descreveram como governança inadequada da internet.
A decisão estabelece “um grave precedente ao priorizar os interesses comerciais privados acima das considerações das políticas públicas estatais, os direitos dos povos indígenas e a preservação da Amazônia”, disseram Vizcarra, Duque, Moreno e Morales em comunicado conjunto no domingo, após se reunirem em Lima no bloco regional da Comunidade Andina.
O Brasil, que possui a maior faixa da floresta amazônica, também lamentou a decisão.
A Amazon.com não respondeu a solicitações de comentários fora de horário comercial.
Vendas da Huawei podem cair até 25%
A fabricante chinesa de equipamentos para telecomunicações Huawei, atingida por sanções dos Estados Unidos, poderá ver suas vendas caírem em até 25 % neste ano e enfrenta a possibilidade de seus smartphones desaparecerem dos mercados internacionais, disseram analistas.
As vendas de smartphones da Huawei, segunda maior fabricante de smartphones do mundo em volume, podem cair entre 4% e 24 % em 2019 se as sanções dos EUA continuarem, de acordo com Fubon Research e Strategy Analytics.
Vários especialistas disseram esperar que as vendas da Huawei vão cair nos próximos seis meses, mas se recusaram a dar uma estimativa real, devido às incertezas em torno das políticas dos EUA.
O Departamento de Comércio dos EUA impediu que a Huawei comprasse produtos norte-americanos na semana passada em meio ao aumento da disputa comercial com a China.
A proibição se aplica a bens e serviços com 25 % ou mais de tecnologia ou materiais originados nos EUA e pode, portanto, afetar empresas não americanas.
– A Huawei poderá ser eliminada do mercado de smartphones da Europa Ocidental no próximo ano se perder o acesso ao Google – disse Linda Sui, diretora de estratégias de smartphones da Strategy Analytics.
Ela prevê que as vendas de celulares da Huawei caiam mais 23% no próximo ano, mas acredita que a companhia poderia sobreviver pelo tamanho do mercado chinês.
A Fubon Research, que anteriormente previa que a Huawei venderia 258 milhões de smartphones em 2019, agora espera que a empresa venda 200 milhões no pior cenário.
A Huawei possui quase 30% do mercado global, de acordo com o IDC, e vendeu 208 milhões de celulares no ano passado, sendo metade em mercados fora da China. A empresa conta a Europa como o mercado mais importante para seus smartphones premium.
Elon Musk
A SpaceX, empresa de foguetes do bilionário Elon Musk, lançou na semana passada o primeiro lote de 60 pequenos satélites em órbita terrestre para seu novo serviço de internet Starlink.
Um foguete Falcon 9 transportando os satélites partiu da estação da Força Aérea de Cabo Canaveral, abrindo caminho para um empreendimento que Musk espera gerar muito dinheiro para suas maiores ambições no espaço.
O lançamento aconteceu uma semana depois de duas contagens regressivas para a missão terem sido canceladas, uma vez devido a ventos fortes no Cabo e na noite seguinte, a fim de atualizar o software do satélite e “checar três vezes” todos os sistemas.
Os 60 satélites entraram em órbita, como planejado, cerca de uma hora após o lançamento. O foguete reutilizável do Falcon 9 foi levado de volta à terra num pouso bem sucedido no Atlântico.
A SpaceX disse que provavelmente levará mais um dia para saber se todos os satélites implantados estão funcionando adequadamente. Cada um pesa cerca de 227 kg, tornando-os a carga mais pesada transportada pela SpaceX até o momento.
Eles representam a fase inicial de uma rede de satélites planejada para transmitir sinais de serviço de Internet de alta velocidade do espaço para clientes pagantes em todo o mundo.
Musk disse que a SpaceX começará a se aproximar dos clientes ainda este ano ou no próximo. Até 2 mil satélites serão lançados por ano, com o objetivo final de colocar até 12 mil em órbita.