Wilson havia sido acusado de acobertar o abuso do padre James Fletcher depois de ser alertado sobre ele em 1976 por duas vítimas, uma delas um coroinha que supostamente lhe informou no confessionário.
Por Redação, com Reuters - de Sydney
Um tribunal da Austrália reverteu nesta quinta-feira a condenação de um ex-arcebispo que era o clérigo católico mais graduado a ser considerado culpado de acobertar abusos sexuais, dizendo que os procuradores não conseguiram provar nada além de uma dúvida razoável. O juiz Roy Ellis decidiu a favor de um recurso de Philip Wilson, ex-arcebispo de Adelaide e ex-presidente do principal organismo da Igreja Católica na Austrália, que contestava sua condenação de maio, mostraram autos. – O recurso foi acatado – disse um sumário da decisão enviada por uma porta-voz da corte à Reuters por email. “A condenação e as ordens do tribunal local foram rejeitadas”. Ellis emitiu seu parecer no Tribunal do Distrito de Newcastle, em Nova Gales do Sul, livrando Wilson, de 68 anos, de um detenção de 1 ano na casa de sua irmã, como alternativa à prisão, após sua condenação por não comunicar o abuso de um padre à polícia. O juiz argumentou que os procuradores não foram capazes de provar nada além da dúvida razoável que Wilson foi informado das acusações e que, se soube, ficou suficientemente convencido da culpa e se omitiu. No julgamento, Wilson disse não ser capaz de se lembrar das acusações que chegaram ao seu conhecimento em 1976.