O Greenpeace lembra que 2024 superou 2023 como o ano mais quente já registrado, e que eventos climáticos extremos continuam a aumentar em frequência e intensidade, criando desigualdade em todo o planeta.
Por Redação, com EFE – de Davos, na Suíça
Ativistas da organização Greenpeace de vários países europeus bloquearam o heliporto de Davos (Suíça), porta de entrada para o Fórum Econômico Mundial que começa nesta segunda-feira para muitos dos líderes mundiais participantes, para exigir impostos mais altos sobre grandes fortunas.

Com palavras de ordem como “Taxar os ultra-ricos, financiar um futuro justo e verde”, os ativistas exigem que “aqueles que mais contribuem para a crise climática e da biodiversidade finalmente assumam suas responsabilidades”, disse a organização em um comunicado.
– É um escândalo que líderes políticos e econômicos ricos e poderosos se reúnam em Davos para discutir desafios globais enquanto o planeta está queimando e uma grande parte da humanidade enfrenta as consequências do colapso iminente do meio ambiente – disse a analista do Greenpeace, Agnes Jezler.
O Greenpeace lembra que 2024 superou 2023 como o ano mais quente já registrado, e que eventos climáticos extremos continuam a aumentar em frequência e intensidade, criando desigualdade em todo o planeta.
Impostos justos
A organização ambientalista estima que impostos justos somente sobre os mais ricos da Europa poderiam arrecadar mais de 185 bilhões de euros anualmente, dinheiro que “cobriria os investimentos necessários para garantir a restauração do meio ambiente, proporcionar moradia acessível e melhores cuidados de saúde”.
O Fórum Econômico Mundial inicia hoje uma semana de eventos que devem reunir 3 mil participantes de 130 países, incluindo 60 chefes de Estado e de governo, além de 900 CEOs das maiores empresas do mundo.
Um dos participantes das reuniões desta semana, ainda que em formato virtual, será o novo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.