Ao menos oito pessoas morreram e várias ficaram feridas após um ataque a tiros numa reunião de Testemunhas de Jeová. Segundo a polícia, entre os mortos está o atirador.
Por Redação, com DW - de Berlim
Ao menos oito pessoas morreram e várias ficaram feridas após um ataque a tiros em uma sala de reuniões de Testemunhas de Jeová no bairro de Alsterdorf, em Hamburgo, no norte da Alemanha, na noite de quinta-feira.
A polícia alemã acredita que um dos mortos seja o atirador, que teria cometido suicídio após atirar nas outras pessoas. Mesmo assim, seguem as buscas por possíveis outros suspeitos envolvidos no caso. Ainda não se sabe a motivação do crime.
O Corpo de Bombeiros e a polícia receberam diversas chamadas por volta das 21h15min relatando tiros na rua Deelböge, ao sul do aeroporto.
Policiais munidos de equipamentos antiterrorismo cercaram a área à procura do suspeito ou suspeitos, já que não estava claro se o crime havia sido cometido por uma ou mais pessoas.
Na noite de quinta-feira, pelo Twitter, a polícia de Hamburgo escreveu que "há, neste momento, uma grande operação policial em Alsterdorf. Estamos verificando os motivos e, em breve, informaremos aqui sobre desdobramentos".
Conforme um repórter da agência alemã de notícias dpa, citado no site da revista Der Spiegel, havia um grande contingente de forças policiais no local, e a polícia falava em "situação de grande escala".
"Todos os mortos têm ferimentos de bala", informou um porta-voz da corporação.
Segundo o Hamburger Morgenpost, por volta das 23h no horário local (19h em Brasília), a polícia ainda não tinha pistas sobre o paradeiro dos criminosos e, por isso, já suspeitava-se que o atirador pudesse ser um dos mortos no local do crime pelo fato de os policiais, ao chegarem, terem ouvido disparos em um andar superior do prédio, onde teriam encontrado um corpo.
O prefeito de Hamburgo, o social-democrata Peter Tschentscher, escreveu no Twitter que "os relatos de Alsterdorf são chocantes. Meus mais profundos sentimentos aos parentes das vítimas. Os serviços de emergência trabalham firme na busca pelo(s) atirador(es) e para esclarecer os motivos [do crime]. Por favor, observem as informações fornecidas pela polícia de Hamburgo".
Scholz se solidariza às vítimas
O chanceler federal alemão, Olaf Scholz, que foi prefeito de Berlin de 2011 a 2018, lamentou o fato pelo Twitter e se solidarizou às vítimas e suas famílias e aos policiais.
– Más notícias de Hamburgo. Vários membros das Testemunhas de Jeová foram vítimas de um ato brutal de violência na noite passada. Meus pensamentos estão com elas e suas famílias. E com as forças de segurança, que tiveram uma operação difícil – escreveu.
O presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier, reagiu "com grande horror" ao crime. "Meus pensamentos estão com os mortos e suas famílias - minha mais profunda solidariedade a eles neste dia de dor", disse uma porta-voz em nome de Steinmeier no Twitter.
A presidente do Bundestag, Bärbel Bas, também se disse "profundamente abalada".
A ministra do Interior, Nancy Faeser, pediu que o contexto do ataque seja averiguado "intensamente" e agradeceu à polícia de Hamburgo e às equipes de resgate.
– Estou chocado com o terrível ato de violência em uma comunidade de Testemunhas de Jeová em Hamburgo. Meus pensamentos estão com as vítimas, suas famílias e membros da comunidade. O contexto deve ser intensamente investigado. Muito obrigado à @PolizeiHamburg e às equipes de resgate – postou no Twitter.
As Testemunhas de Jeová são uma comunidade religiosa de orientação cristã. O grupo, fundado nos EUA em 1881 pelo ex-pregador adventista Charles Taze Russell, calcula ter mais de oito milhões de membros em todo o mundo, cerca de 170 mil na Alemanha.