A Síria está envolvida em uma guerra civil desde 2011, com as forças do presidente sírio Bashar Assad lutando contra diferentes grupos insurgentes, incluindo Daesh e Frente al-Nusra (ambas organizações terroristas proibidas na Rússia em em diversos países).
Por Redação, com Sputnik - de Damasco
Até agora, nenhum grupo reivindicou a responsabilidade pelo ocorrido com as tropas. O ataque se tornou um dos incidentes mais mortais no país em anos.
De acordo com a emissora Al-Ikhbariya, o incidente ocorreu na manhã de sexta-feira, com os militantes visando um ônibus do Exército da Síria.
"Terroristas (...) dispararam um míssil antitanque contra um ônibus do Exército a oeste de Aleppo, perto de Anjar. Ao menos 10 militares foram mortos e outros nove ficaram feridos", disse a emissora citando uma fonte militar.
A Síria está envolvida em uma guerra civil desde 2011, com as forças do presidente sírio Bashar Assad lutando contra diferentes grupos insurgentes, incluindo Daesh e Frente al-Nusra (ambas organizações terroristas proibidas na Rússia em em diversos países).
Várias cidades, como Idlib, permanecem sob controle insurgente, com militantes ocasionalmente realizando ataques contra o Exército Sírio. Enquanto isso, a paz na região é mantida pelas forças russas e turcas.
Damasco
Segundo governo sírio, jatos israelenses supostamente atacaram vários alvos de madrugada no último dia 7 na zona rural de Damasco. Após o ataque, dois civis que faziam parte do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica do Irã morreram.
O Ministério das Relações Exteriores da Síria acusou a Força Aérea de Israel de supostamente coordenar um ataque fora de Damasco em conjunto ao Daesh (grupo terrorista proibido na Rússia e em diversos países) na manhã do dia 7 deste mês deixando dois civis mortos e causado danos materiais.
Uma fonte do Exército sírio disse que jatos israelenses atacaram vários alvos por volta das 05h00 (00h00 no horário de Brasília).
"Não foi por acaso que o inimigo israelense lançou uma nova agressão em 7 de março de 2022 contra áreas residenciais na zona rural de Damasco, horas depois que a organização terrorista EI cometeu um crime no qual vários bravos soldados do Exército sírio foram mortos", disse o ministério em um comunicado.
Damasco sugeriu que a "agressão terrorista Daesh-Israel" conjunta mostra "a realidade de uma coordenação clara e direta entre as duas partes criminosas".
"A República Árabe Síria alertou sobre as repercussões de repetidos e extensos ataques israelenses à Síria e as pesadas perdas que causam a vidas e infraestrutura, além de aterrorizar a população civil, incluindo mulheres e crianças", disse o ministério.
De acordo com à agência inglesa de notícias Reuters, os dois civis sírios seriam membros do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês), e o Irã prometeu vingar a morte dos civis.
O suposto ataque ocorreu menos de um dia depois que terroristas do Daesh abriram fogo contra um ônibus que transportava sírios em uma área desértica perto de Palmyra, no interior de Homs, matando pelo menos 13 soldados e ferindo outros 18.
Damasco pediu ao Conselho de Segurança das Nações Unidas que aborde o "desrespeito à lei internacional e à Carta da ONU" de Israel e evite "padrões duplos" na resposta a tal comportamento.