Kishida estava prestes a discursar em um evento de campanha pré-eleitoral quando um cilindro de metal fumegante caiu a um metro dele.
Por Redação, com Reuters - de Tóquio
Um explosivo lançado contra o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, em um comício eleitoral no sábado levantou questões alarmantes sobre o estado da segurança de autoridades, menos de um ano depois que um ex-primeiro-ministro foi morto a tiros e semanas antes de o Japão receber líderes do G7.
Kishida estava prestes a discursar em um evento de campanha pré-eleitoral em um porto de pesca em Wakayama, no oeste do Japão, quando um cilindro de metal fumegante caiu a um metro dele.
Kishida foi afastado da área parcialmente fechada enquanto a polícia e transeuntes continham um suspeito. Segundos depois, o pequeno dispositivo explodiu. A mídia informou que uma ou duas pessoas ficaram levemente feridas.
Segurança do Japão
O incidente expõe vulnerabilidades no sistema de segurança do Japão e uma falha em instituir mudanças após o assassinato do ex-primeiro-ministro Shinzo Abe durante campanha eleitoral no ano passado, disseram quatro especialistas entrevistados pela agência inglesa de notícias Reuters.
– Não há dúvida de que foi uma falha de segurança porque o primeiro-ministro estava fazendo seu discurso no pior lugar possível, onde não poderia ser protegido – disse Mitsuru Fukuda, professor da Universidade Nihon especializado em gerenciamento de crises de terrorismo.
– Diante do ataque a tiros (contra Abe), a polícia disse que seus planos de segurança seriam revistos e revisados, mas não acho que eles estejam implementando nenhuma dessas medidas – afirmou ele.
Nenhum motivo é conhecido para a explosão de Wakayama, mas ocorre em um momento crítico para Kishida e o Japão, como anfitriões das reuniões ministeriais do Grupo dos Sete esta semana e uma cúpula de líderes na cidade de Hiroshima, distrito eleitoral de Kishida, em maio.