De acordo com o astronauta, citado pela Newsweek, em tempos de tensão internacional, os voos espaciais tripulados e a exploração devem permanecer "uma forma de diplomacia e parceria". Além disso, ele enfatizou que é no espaço que os países podem encontrar algo em comum.
Por Redação, com Sputnik - de Washington
O astronauta da Nasa Frank Rubio que, juntamente com dois cosmonautas russos, irá para a ISS a partir do cosmódromo de Baikonur, destacou a importância da cooperação entre os EUA e a Rússia na indústria aeroespacial.
De acordo com o astronauta, citado pela Newsweek, em tempos de tensão internacional, os voos espaciais tripulados e a exploração devem permanecer "uma forma de diplomacia e parceria".
Além disso, ele enfatizou que é no espaço que os países podem encontrar algo em comum e continuar alcançando seus objetivos juntos.
As relações
Frank Rubio também afirmou o voo na Soyuz MS-22, que está previsto para o dia 21 de setembro, será crucial para as relações entre os dois países, sendo uma missão "de grande importância".
– A parceria entre a Nasa e a Roscosmos acontece há muito tempo e esta relação é muito boa e forte. Acredito que esta expedição reflete os esforços contínuos das equipes e pessoas incríveis de ambos os lados que tornam isto realidade – afirmou.
Anteriormente, o diretor da Nasa, Bill Nelson, afirmou que a relação entre os centros de controle de missão em Moscou e Houston "está em alto nível profissional", prometendo continuar com o trabalho conjunto.
Volta à Lua
Em um comunicado na última sexta-feira, a Nasa divulgou os possíveis locais de pouso para a missão Artemis.
Os cientistas da agência espacial norte-americana selecionaram uma pequena lista de 13 locais possíveis para a primeira missão tripulada Artemis, projetada para 2025, com o objetivo de explorar o polo sul da Lua.
– Selecionar essas regiões significa que estamos um passo gigante mais perto de retornar humanos à Lua pela primeira vez desde a Apollo – disse Mark Kirasich, um alto funcionário da Nasa.
A Nasa identificou as possíveis regiões onde a Artemis III poderia pousar como: Faustini Rim A, um pico perto da cratera Shackleton, um cume de conexão e sua extensão, dois de Gerlache Rims, o Maciço de Gerlache-Kocher, Haworth e o Maciço Malapert.
Os outros locais foram as crateras Leibnitz Beta Plateau, Nobile Rims e Amundsen Rim, informou a agência espacial dos EUA.
– É uma nova parte da Lua que nunca exploramos. Tem temperaturas realmente extremas onde o Sol não atinge há bilhões de anos – disse Sarah Noble, cientista lunar da Nasa designada para o programa Artemis.
Até momento, pelo o que foi divulgado pela agência, os astronautas da missão permaneceriam na Lua e explorariam a área por seis dias e meio antes de iniciar sua jornada de retorno à Terra.
Vale lembrar que, em 2019, a China se tornou o primeiro país a pousar uma espaçonave no lado oculto da Lua.
No mesmo ano, China e a Rússia anunciaram planos conjuntos para alcançar o polo sul da Lua até 2026, passo crucial para Pequim construir uma Estação Internacional de Pesquisa Lunar tripulada permanente até 2027.